Líder do PT aciona PGR contra deputados que protestaram no plenário da Câmara
Deputado pede abertura de investigação por interferência em votações e nega acordo para pautar propostas defendidas por aliados de Bolsonaro
Brasília|Lis Cappi, do R7, em Brasília
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O líder do PT na Câmara, deputado Lindbergh Farias (RJ), pediu pela abertura de uma investigação contra parlamentares que ocuparam o plenário da Casa em protesto na última semana.
A proposta foi anunciada nesta segunda-feira (11) e é direcionada à PGR (Procuradoria-Geral da República). O pedido pede avaliação e aponta suspeita de atuação antidemocrática, pela interferência do funcionamento da Câmara durante as ações de protesto.
“É inaceitável”, afirmou Lindbergh ao avaliar os protestos. O deputado também justifica a ação junto à PGR para garantir a espaço de instituições.
O pedido destaca o último 6 de agosto, quando aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) impediram início da sessão no plenário e interferiram na chegada do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), até a cadeira da Presidência.
Em outra frente, Lindbergh critica a eventual pauta de propostas defendidas pelo grupo que atuou no protesto e nega que houve acordo entre lideranças partidárias para pautar perdão aos envolvidos no 8 de Janeiro.
“Nós não aceitamos nem discutir urgência de anistia, nem mudança de foro privilegiado”, disse. Em contrapartida, o líder defende a votação do projeto para isentar do imposto de renda a quem ganha até R$ 5.000 e a tributação dos super-ricos.
Carla Zambelli
O deputado também afirmou que levará pedido na próxima reunião de líderes, prevista para terça-feira (12), uma revisão da mesa para anular o mandato da deputada Carla Zambelli (PL-SP).
A situação envolvendo a parlamentar ainda depende de análise ad CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), por uma escolha de encaminhamento do comando da Casa. “Posição nossa de que o presidente Hugo Motta tome uma medida imediatamente de suspensão”, defendeu. O mesmo foi indicado contra Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está nos Estados Unidos.
“Nós não aceitamos que Eduardo Bolsonaro continue a atuar fora do país como deputado em exercício aqui. É algo escandaloso, então começamos dessa forma essa semana e a gente quer, no colégio de líderes, que ao invés de pautas de interesses específicos que possam parecer proteção de parlamentares, a gente possa entrar na pauta que adrente na vida das pessoas”, destacou.
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