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Lula apela a líderes mundiais por transição energética dias após defender exploração de petróleo

Em entrevista na terça, o presidente declarou ser favorável à exploração ‘com responsabilidade’ na Margem Equatorial

Brasília|Ana Isabel Mansur, do R7, enviada especial a Belém

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • Lula faz apelo por transição energética na COP30, destacando a urgência do combate às mudanças climáticas.
  • Presidente defende exploração de petróleo na Foz do Amazonas, mas também ressalta a necessidade de fontes renováveis.
  • Contradição nas falas de Lula, que afirmou não querer ser um “líder ambiental” ao mesmo tempo em que pede ações climáticas.
  • Licença da Petrobras para explorar petróleo gerou críticas de ambientalistas, especialmente antes da COP30.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Lula defendeu transição energética em abertura da Cúpula Wilton Junior/Estadão Conteúdo - 06.11.25

Dias após defender a exploração de petróleo na Foz do Amazonas (leia mais abaixo), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou nesta quinta-feira (6) a urgência do combate às mudanças climáticas.

Em discurso de abertura na cúpula dos líderes na COP30 (Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025), o petista fez um apelo às autoridades globais pela transição energética — movimento que compreende a substituição gradual de combustíveis fósseis, como o petróleo, para matrizes renováveis e sustentáveis, como a solar, eólica e hídrica.


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“Acelerar a transição energética e proteger a natureza são as duas maneiras mais efetivas de conter o aquecimento global. Estou convencido de que, apesar das nossas dificuldades e contradições, precisamos de mapas do caminho para, de forma justa e planejada, reverter o desmatamento, superar a dependência dos combustíveis fósseis e mobilizar os recursos necessários para esses objetivos”, afirmou Lula.

As falas divergem de posturas anteriores do presidente. Na terça (4), em entrevista a agências internacionais, o petista declarou não ter interesse em ser um “líder ambiental” e defendeu a exploração de petróleo na Amazônia — autorizada pelo Ibama à Petrobras em 20 de outubro.


“Temos autorização para fazer teste, se encontrar petróleo vai ter que ter nova licença. Quero fazer o que os especialistas do meu governo e minha consciência dizem o que tenho que fazer”, declarou.

A contradição já era apontada por ambientalistas antes de o Ibama conceder a licença à Petrobras. Um dos principais pontos de crítica está no fato de a autorização ter sido dada dias antes da COP, evento que discute o combate às mudanças climáticas.


Foz do Amazonas

A licença permite que a Petrobras explore o primeiro poço em águas profundas, na bacia da Foz do Amazonas. A operação permitirá a perfuração de um poço em águas profundas pela sonda NS42.

Horas após a concessão, o Ministério do Meio Ambiente afirmou que a licença resultou de um rigoroso processo de análise ambiental feito pelo órgão desde 2014.


Em nota, a pasta comandada pela ministra Marina Silva informou que o procedimento envolveu a elaboração de estudos, além de três audiências públicas e 65 reuniões técnicas setoriais em mais de 20 municípios dos estados do Pará e do Amapá.

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