O presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou, no começo da tarde deste sábado (10) — no horário de Brasília —, a Pequim, na China, para cumprimento de agenda oficial e reunião bilateral com o presidente do gigante asiático. Lula tem agenda a partir de segunda-feira (12) quando deve participar do encerramento do seminário empresarial China-Brasil. Já na terça-feira (13) ele fará um discurso na abertura do IV Fórum China-Celac.Na tarde do mesmo dia, Lula deve se reunir com o presidente da Comissão Permanente da Assembleia Nacional Popular, Zhao Leji; o primeiro-ministro da China, Li Qiang; e o presidente da China, Xi Jinping. Ainda, é esperada uma cerimônia de assinatura de pelo menos 16 acordos, sendo que outros 32 atos estão em negociação com o governo chinês. Em seguida, Lula deve fazer declaração conjunta à imprensa e depois retornar ao Brasil.Lula deixou a Rússia na manhã deste sábado, depois de fazer diversas declarações à imprensa, em Moscou. Na ocasião, Lula falou sobre as fraudes do INSS, sobre paz na Ucrânia e relações comerciais do Brasil com o mundo. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou neste sábado (10), durante coletiva de imprensa, que a fraude do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) foi um “assalto” ao bolso dos aposentados. Segundo ele, o governo adotará todas as medidas necessárias para punir os responsáveis.“O que eu acho mais grave é que não foi dinheiro dos cofres públicos. Esse dinheiro estava no bolso do aposentado, quando alguém pediu para descontar do salário dele”, declarou.O petista concluiu que se tratou de “um assalto aos aposentados e pensionistas deste país”. “Eles não foram ao cofre do INSS, eles foram ao bolso do povo, e é isso que nos deixa mais revoltados”, continuou.Lula também afirmou que as fraudes tiveram início em 2019, relacionando o caso ao governo Bolsonaro, mas sem o citar.“Nós resolvemos desmontar uma quadrilha criada em 2019. É importante saber disso. E vocês sabem quem governava o Brasil em 2019. Vocês sabem quem era ministro da Previdência em 2019. A gente poderia ter feito um show de pirotecnia. Mas a gente não quer uma manchete de jornal. A gente quer apurar”, disse.O chefe do Palácio do Planalto explicou que as entidades e associações responsáveis pelas fraudes terão seus bens congelados. “Vamos usar esses bens para ressarcir o dinheiro das pessoas que foram enganadas. E, se havia alguém do governo passado envolvido nisso, [vamos descobrir]. É isso que vamos fazer”, prometeu.“E eu não tenho pressa. O que eu quero é que a gente consiga apurar e apresentar ao povo brasileiro a verdade — e somente a verdade — porque eu não estou atrás de show pirotécnico. Eu estou atrás de apurar a verdade, [saber] quem foi que assaltou o bolso dos aposentados e pensionistas brasileiros”, afirmou.Lula explicou ainda que é necessário identificar o número de pessoas prejudicadas pela fraude. “Vamos apurar com muita seriedade. Tanto a CGU (Controladoria-Geral da União) quanto a Polícia Federal vão a fundo na investigação [desse caso], para chegar ao coração da quadrilha”, garantiu.Fique por dentro das principais notícias do dia no Brasil e no mundo. Siga o canal do R7, o portal de notícias da Record, no WhatsApp