O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu no fim da manhã desta terça-feira (1º) a seriedade do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, e disse que a taxa básica de juros vai cair nos próximos meses. Atualmente, a Selic está em 15% ao ano, maior patamar desde 2006.“Não pensem que me conformo com a taxa de juros a 15%. Mas esse aumento já estava dado. Na verdade, Galípolo está comendo o prato que ele recebeu, não teve nem tempo de trocar de comida”, afirmou Lula. O presidente disse, no entanto, que “certamente” a taxa vai cair nos próximos meses. “O dólar começou a baixar, a inflação está controlada. Ainda falta uma contribuição para baixar o preço da carne. Não posso sair vendendo carne no mundo inteiro e o povo aqui no Brasil não poder comprar carne porque está muito caro”, declarou. O chefe do Executivo também defendeu uma “política fiscal justa” e criticou a resistência do mercado às propostas do governo. “Só pode ser ganância, a desgraçada da doença de acumulação de riqueza: ‘Só para mim e não para os outros’. Porque vocês imaginem que temos nesse país pagamento da taxa de juros de quase R$ 1 trilhão, mas sabe quanto temos de exoneração fiscal? R$ 680 bilhões”, disse. O presidente rebateu críticas a programas sociais e disse que os benefícios são um investimento no futuro.“Fico triste quando vejo as pessoas jogarem a culpa em cima das pessoas doentes, em cima do BPC [Benefício de Prestação Continuada], em cima do Bolsa Família, em cima do Pé-de-Meia, [programa criado] para garantir que 500 mil moleques que desistiam da escola para trabalhar não desistam. Esse dinheiro vai ser devolvido em dobro para o Estado, quando estiverem transformados em cidadãos da primeira classe”, defendeu.Em fala direcionada a empresários, Lula afirmou que a carga tributária do país é percentualmente menor hoje do que em 2011. Segundo o presidente, “se eles fossem sinceros com a consciência deles”, perceberiam isso. “Não é tentar aumentar o imposto, é tentar fazer uma tributação mais justa, mais correta”, disse Lula, se referindo à proposta de isenção de Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5.000 e também outras medidas do governo, com o decreto do aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) que prevê o aumento da taxa cobrada para as Bets.Fique por dentro das principais notícias do dia no Brasil e no mundo. Siga o canal do R7, o portal de notícias da Record, no WhatsApp