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R7 Brasília

Lula diz que falta de manutenção em diques e comportas levaram a inundações no RS

Presidente também pediu seriedade dos municípios no cadastramento dos dados das famílias atingidas pelas enchentes

Brasília|Plínio Aguiar, do R7, em Brasília


Lula pede seriedade no cadastramento das famílias afetadas pelas enchentes Rafael Rosa/Estadão Conteúdo - 16.08.2024

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que as enchentes registradas em abril deste ano não teriam “ocupado toda a Grande Porto Alegre” se o governo do Rio Grande do Sul e a prefeitura da capital gaúcha tivessem o “cuidado e a responsabilidade” de cuidar dos diques, das bombas e das comportas. A declaração foi dada nesta sexta-feira (16) durante agenda em São Leopoldo (RS). O governador Eduardo Leite, que participou dos compromissos de mais cedo com Lula, não estava presente na cerimônia e, em seu lugar, estava o vice-governador Gabriel Souza.

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”A verdade nua e crua é que choveu demais. A verdade nua e crua é que teve aquela enxurrada no Vale do Taquari, mas a verdade nua e crua é que se esse estado e essa cidade, essa Grande Porto Alegre, tivesse o cuidado e a responsabilidade de cuidar dos diques antes da chuva, a água não teria ocupado toda a Grande Porto Alegre”, afirmou Lula.

“A gente não pode reclamar da chuva porque é Deus que manda ela e se mandou é porque tinha alguma razão. Mas não era necessário ter feito o que aconteceu na Grande Porto Alegre, na cidade de Porto Alegre. Porque se tivessem cuidado direitinho das comportas, dos diques, das bombas, não teria problema de água. É importante dizer essas coisas para que o pessoal saiba definitivamente o que aconteceu”, acrescentou.

Um documento divulgado pelo Senge-RS (Sindicato dos Engenheiros do Rio Grande do Sul) aponta que a falta de manutenção e atualização das casas de bombas e comportas de Porto Alegre contribuíram para a extensão das enchentes que afetam o Rio Grande do Sul. O sistema de proteção da capital gaúcha tem cerca de 60 quilômetros de diques, sendo 23 casas de bombas, que também têm comportas.


Essa estrutura, quando fechada, impede inundações na cidade. As enchentes e chuvas que devastaram o estado deixaram 183 mortos, 28 desaparecidos e 806 feridos. Os municípios atingidos somam 478 — 96% do RS —, e cerca de 2,4 milhões de pessoas foram afetadas pelas fortes chuvas. É a quinta vez que Lula visita cidades do Rio Grande do Sul desde a tragédia climática.

Cadastramento

Na agenda, Lula cobrou das prefeituras gaúchas que façam o cadastramento com “seriedade” das pessoas afetadas pelas enchentes para poderem receber os benefícios dados pelo governo federal, como o auxílio reconstrução (de R$ 5,1 mil) e casa. “Não dá para chutar, porque se chutar a gente toma um processo pelas costas e depois tem que pagar preço muito alto e, ainda, ser chamado de corrupto. Então é preciso muita seriedade no cadastramento. Quem fizer o cadastro e tiver direitinho, vai receber as coisas. É preciso comprovar.”


Na ocasião, o governo entregou o Complexo Viário da Scharlau, na BR-116/RS, obra que vai desafogar o maior gargalo logístico do Rio Grande do Sul. O projeto inclui duas novas alças e o alargamento das pistas de acesso ao viaduto, que passam de duas para três faixas em cada sentido. O empreendimento atravessa sete municípios gaúchos e se estende por 38,5 km.

“São Leopoldo é um centro estratégico porque dá acesso a Caxias do Sul, segundo maior pólo metal-mecânico do Brasil, a Novo Hamburgo (polo calçadista) e a Gramado (um dos principais destinos turísticos do Brasil)”, diz o governo. Segundo estimativa do Ministério dos Transportes, 140 mil veículos transitam diariamente pelo complexo da Scharlau. As obras receberam R$ 80 milhões em investimento do governo e vão beneficiar três milhões de pessoas de forma direta.

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