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Lula diz que governo não vai deixar de fazer pesquisas na foz do Rio Amazonas

Presidente defende estudos para saber se há potencial para extrair petróleo; a Petrobras e o Ibama travam uma disputa sobre o tema

Brasília|Augusto Fernandes, do R7, em Brasília

Lula diz que estudos na área têm que ser feitos
Lula diz que estudos na área têm que ser feitos Lula diz que estudos na área têm que ser feitos

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta segunda-feira (11) que o governo federal não vai deixar de fazer estudos na foz do rio Amazonas e declarou-se a favor da realização de estudos para saber o verdadeiro potencial da região para a exploração de petróleo. "O Brasil não vai deixar de pesquisar a margem equatorial. Se encontrar a riqueza que se pressupõe que exista lá, aí é uma decisão de Estado se você vai explorar ou não", disse o chefe do Executivo.

"Veja, é uma exploração a 575 quilômetros à margem do Amazonas. Não é uma coisa que está vizinha do Amazonas. Você não pode ser proibido de pesquisar", afirmou o presidente em entrevista à imprensa em Nova Déli, na Índia.

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No fim de maio, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) negou uma solicitação da Petrobras para operar em um poço localizado em alto-mar, a cerca de 175 km da costa do Amapá, e alegou "inconsistências técnicas" da empresa. Posteriormente, a petroleira apresentou um novo pedido. De acordo com a Petrobras, todas as exigências do Ibama foram atendidas nesse segundo pedido. O instituto ainda não deu uma nova resposta à estatal.

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De acordo com Lula, as pesquisas na área precisam ser feitas, pois, "se tiver o que se imagina que tem lá, você pode discutir se vai utilizar ou não, se vai explorar ou não". "Mas pesquisar, nós vamos pesquisar. Porque o mundo precisa que a gente pesquise para encontrar, sabe, novos materiais, novas coisas para o desenvolvimento, e o Brasil vai fazer aquilo que o Brasil entende do seu interesse soberano fazer", comentou.

"É que não foi pesquisado ainda. É impossível saber antes de pesquisar. É impossível. Você pode pesquisar e chegar à conclusão de que não tem nada e voltar para casa de mãos vazias. Você pode pesquisar e descobrir que tem muita coisa, e aí vai se discutir como fazer a exploração daquilo", completou o presidente.

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Marina promete 'análise técnica'

No mês passado, a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, disse que o Ibama não vai facilitar nem dificultar a concessão de uma licença ambiental para que a Petrobras possa instalar uma sonda de perfuração na bacia da foz do rio Amazonas e explorar petróleo na região.

"O Ibama e o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima não facilitam nem dificultam. Nós olhamos para os pedidos de licenciamento, e são feitas análises técnicas. E, em um governo que respeita lei e que tem compromisso ético com a preservação do meio ambiente e com a ciência, os estudos e as posições dos técnicos são respeitados", afirmou Marina em entrevista à Empresa Brasil de Comunicação (EBC).

A ministra, contudo, disse que a área em que a Petrobras quer atuar "é um lugar muito sensível e que precisa de todo o cuidado". "A Petrobras reapresentou o projeto, o Ibama vai analisar com toda a isenção e vai dar o seu veredito", afirmou Marina. Ainda segundo ela, a decisão será técnica, e não política nem ideológica.

"Nós já demos cerca de 2.000 licenças à Petrobras. É injusto, às vezes, quando as pessoas dizem que o Ibama está tendo posição política e ideológica. As 2.000 licenças que foram dadas foram técnicas ou ideológicas? É claro que foram técnicas. E, se são técnicos para dar a licença, quando se nega é também por uma razão técnica”, ressaltou.

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