O presidente Luiz Inácio Lula da Silva exonerou, nesta sexta-feira (31), ao menos 10 ministros do governo. A medida foi tomada para que os titulares das pastas possam votar nas eleições das mesas diretoras da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, marcadas para o próximo sábado (1º). O afastamento foi publicado no Diário Oficial da União.• Carlos Fávaro (Agricultura e Pecuária);• Celso Sabino (Turismo);• Alexandre Padilha (Relações Institucionais);• Juscelino Filho (Comunicações);• Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar);• Wellington Dias (Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome);• Luiz Marinho (Trabalho e Emprego);• André Fufuca (Esporte);• Silvio Costa Filho (Portos e Aeroportos);• Camilo Santana (Educação).As eleições para as Mesas Diretoras da Câmara dos Deputados e do Senado estão previstas para o próximo sábado, 1° de fevereiro. Os parlamentares elegerão uma chapa para comandar cada uma das Casas, o que inclui um presidente e um vice-presidente. Os mandatos terão duração de dois anos. Em ambas as Casas já existem candidaturas consolidadas e favoritas para vencer o pleito. Os principais nomes conseguiram o apoio tanto da base governista, quanto da oposição.Na Câmara, o favoritismo gira em torno do deputado Hugo Motta (Republicanos-PB). Aos 35 anos, o parlamentar recebeu o apoio do atual presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), e de 18 partidos, que podem dar a ele 495 votos. De toda a Casa, apenas duas siglas não aderiram à campanha de Motta: PSOL e Novo, que juntas têm 17 deputados.No Senado, o favorito a assumir o comando é o senador Davi Alcolumbre (União-AP), atual presidente da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça). Alcolumbre já comandou a Casa entre 2019 e 2021 e, enquanto esteve na cadeira, chegou a assumir a presidência da República de maneira interina, em 2019. Ele já tem o apoio dos seguintes partidos: PSD, MDB, PT, PL, PP, PDT, PSB e União Brasil. Juntas, as legendas têm 79 votos. O senador também tem o endosso do atual presidente do Congresso, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG).O presidente Lula comentou a eleição e afirmou que não vai ter dificuldades na relação com o Congresso. “Não me meto em eleição da Câmara nem do Senado. É uma questão dos partidos políticos, dos deputados e senadores. O meu presidente é quem ganhar. Quem ganhar, eu vou respeitar e estabelecer nova relação... Então se o Motta for eleito e Alcolumbre também for eleito, eles serão presidentes e será com eles que vamos fazer uma relação”, completou.