Lula volta a condenar ‘atos terroristas’ do Hamas e diz que Israel comete genocídio em Gaza
Discussão sobre Palestina foi convocada por França e Arábia Saudita, em paralelo à Assembleia Geral da ONU
Brasília|Ana Isabel Mansur, do R7, em Brasília
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a condenar nesta segunda-feira (22) os “atos terroristas” do grupo Hamas contra Israel, em referência aos ataques de 7 de outubro de 2023.
No entanto, durante discurso em evento da ONU (Organização das Nações Unidas) sobre a questão palestina, em Nova York, nos Estados Unidos, Lula afirmou novamente que a ação de Israel na Faixa de Gaza é um “genocídio”.
“Como apontou a Comissão de Inquérito sobre os Territórios Palestinos Ocupados [grupo da ONU], não há palavra mais apropriada para descrever o que está ocorrendo em Gaza do que genocídio”, criticou Lula.
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“Os atos terroristas cometidos pelo Hamas são inaceitáveis. O Brasil foi enfático ao condená-los. Mas o direito de defesa não autoriza a matança indiscriminada de civis”, acrescentou o brasileiro.
O petista está em Nova York para a Assembleia Geral da ONU. O discurso de abertura da conferência, tradicionalmente feito pelo Brasil, ocorre nesta terça (23).
O evento em prol da Palestina ocorre em paralelo à Assembleia Geral. A 2ª sessão da Confederação Internacional de Alto Nível para Resolução Pacífica da Questão Palestina e a Implementação da Solução de Dois Estados foi convocada pela França e Arábia Saudita.
Na declaração, Lula voltou a defender a criação do Estado da Palestina e criticou novamente o Conselho de Segurança da ONU.
“Tanto Israel, quanto a Palestina têm o direito de existir. Trabalhar para efetivar o Estado palestino é corrigir uma assimetria que compromete o diálogo e obstrui a paz. Saudamos os países que reconheceram a Palestina, como o Brasil fez em 2010. Já somos a imensa maioria dos 193 membros da ONU”, destacou.
“Diante da omissão do Conselho de Segurança, a Assembleia Geral precisa exercer sua responsabilidade”, completou Lula.
Em julho, o governo brasileiro anunciou que está em fase final para entrada formal no processo em curso na Corte Internacional de Justiça contra Israel. A ação foi apresentada pela África do Sul com base na Convenção para a Prevenção e Repressão do Crime de Genocídio.
A adesão à ação foi finalizada nos últimos dias.
Declarações anteriores
Em maio deste ano, durante coletiva de imprensa em Moscou, na Rússia, o petista criticou a ação de Israel.
“Na Faixa de Gaza, dois Estados estão em guerra. Na Faixa de Gaza é um genocídio de um exército muito bem preparado contra mulheres e crianças, a pretexto de matar terroristas. Já houve caso de explodir hospital e não tinha um terrorista, só tinha mulher e criança”, declarou, então.
Lula foi à Rússia para participar das celebrações dos 80 anos da vitória da União Soviética sobre a Alemanha nazista na Segunda Guerra Mundial.
Em 20 de outubro de 2023, dias após o ataque do Hamas, o presidente chamou o ato do grupo de “terrorista”, mas repudiou a reação israelense.
“Fico lembrando que 1.500 crianças já morreram na Faixa de Gaza. Crianças que não pediram para o Hamas fazer o ato de loucura e terrorismo que fez atacando Israel, mas que também não pediram que Israel reagisse de forma insana e matasse eles, exatamente aqueles que não têm nada a ver com a guerra, só querem viver e brincar, aqueles que não tiveram o direito de ser crianças”, afirmou, à época.
Em fevereiro do ano passado, Lula chegou a comparar os atos israelenses às ações de Adolf Hitler.
“O que está acontecendo na Faixa de Gaza, com o povo palestino, não existiu em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu quando Hitler decidiu matar os judeus”, disse, então. A declaração levou Israel a declarar o petista “persona non grata”.
Perguntas e Respostas
O que Lula condenou em relação ao Hamas e a Israel?
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva condenou os “atos terroristas” do grupo Hamas contra Israel, referindo-se aos ataques de 7 de outubro de 2023. Ele também afirmou que a ação de Israel na Faixa de Gaza é um “genocídio”.
Qual foi a declaração de Lula sobre a situação em Gaza?
Lula destacou que, segundo a Comissão de Inquérito sobre os Territórios Palestinos Ocupados da ONU, a palavra mais apropriada para descrever o que está ocorrendo em Gaza é genocídio. Ele afirmou que, embora os atos do Hamas sejam inaceitáveis, o direito de defesa de Israel não justifica a matança indiscriminada de civis.
Qual o contexto do discurso de Lula na ONU?
Lula fez seu discurso durante um evento da ONU sobre a questão palestina, em Nova York, onde estava presente para a Assembleia Geral da ONU. O evento em prol da Palestina foi convocado pela França e Arábia Saudita, em paralelo à Assembleia Geral.
O que Lula defendeu em relação ao Estado da Palestina?
Ele defendeu a criação do Estado da Palestina e criticou o Conselho de Segurança da ONU, afirmando que tanto Israel quanto a Palestina têm o direito de existir. Lula ressaltou a importância de trabalhar para efetivar o Estado palestino como uma forma de corrigir a assimetria que compromete o diálogo e obstrui a paz.
Qual foi a posição do Brasil em relação à Corte Internacional de Justiça?
O governo brasileiro anunciou que está em fase final para entrar formalmente no processo na Corte Internacional de Justiça contra Israel, ação apresentada pela África do Sul com base na Convenção para a Prevenção e Repressão do Crime de Genocídio.
O que Lula disse sobre a situação em Gaza em declarações anteriores?
Em declarações anteriores, Lula criticou a ação de Israel, descrevendo a situação na Faixa de Gaza como um genocídio e mencionando que crianças estão morrendo devido à reação israelense. Ele também comparou os atos israelenses às ações de Adolf Hitler, o que levou Israel a declarar Lula “persona non grata”.
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