Mais de 1,3 mil vigilantes entram em greve nos hospitais públicos e UBSs do Distrito Federal
Empresa terceirizada está com parcelas do FGTS em atraso e não forneceu uniformes novos de trabalho para os profissionais
Brasília|Edis Henrique Peres, do R7, em Brasília
Mais de 1,3 mil vigilantes dos hospitais públicos e das UBS (unidades básicas de saúde) entraram em greve nesta segunda-feira (8) no Distrito Federal. Os trabalhadores reivindicam o pagamento das parcelas em atraso do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) e a entrega de novos uniformes de trabalho.
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Segundo o Sindesv-DF (Sindicato dos Vigilantes), dos 1.500 vigilantes da empresa terceirizada, mais de 90% estão parados.”Apenas alguns estão trabalhando em postos essenciais, como nas áreas de psiquiatria e maternidade, para garantir que os pacientes não fujam e para proteger as crianças”, detalha Gilmar Rodrigues, diretor de comunicação do sindicato.”
Ele acrescenta que a greve atinge os hospitais de Ceilândia, Brazlândia, Taguatinga, Samambaia, Planaltina e Sobradinho, além das UBSs dessas cidades. A categoria também reivindica pagamento das férias e dos salários atrasados pela empresa.
Questionada sobre o tema, a Secretaria de Saúde disse em nota que os pagamentos pelos serviços prestados pela empresa terceirizada estão dentro dos prazos regimentais.
“A pasta informa que acompanha a situação para não haver prejuízo aos serviços prestados, seja nas UBSs ou nos hospitais da rede. A SES-DF ressalta que mantém o contato com a empresa responsável pelos serviços de vigilantes”, diz.
O R7 tentou contato com empresa responsável, mas não obteve retorno. O espaço segue aberto.
Desdobramentos
No fim do mês passado, o sindicato teve uma reunião com a Secretaria de Saúde para tratar do tema. Na ocasião, a categoria relatou que a empresa estava atrasando o pagamento dos salários, do tíquete refeição e das férias.
Na reunião, a secretária de Saúde, Lucilene Florêncio, teria dito que a pasta estava se preparando para trocar a empresa terceirizada responsável pelos vigilantes, segundo informações do sindicato. Em nota ao R7, contudo, a pasta não confirmou a mudança.