Mesmo morto, autor do atentado na Esplanada deve ser alvo de quebra de sigilos
Celular de Francisco Wanderley Luiz foi coletado, mas extração de informações não foi finalizada
Brasília|Natália Martins, da RECORD
A Polícia Federal vai encaminhar ao STF (Supremo Tribunal Federal) um pedido de quebra de sigilos bancário, fiscal, telemático e telefônico de Francisco Wanderley Luiz, autor do atentado na Praça dos Três Poderes. Informação foi confirmada ao R7 por fontes. O celular foi coletado, e PF aguarda decisão judicial para que o conteúdo extraído seja analisado e possa ser utilizado nas investigações.
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O corpo de Luiz foi periciado pela PF e deve ser liberado para sepultamento na segunda-feira (18). Ele morreu na noite de quarta-feira (13), depois de atirar artefatos explosivos contra o prédio do STF (Supremo Tribunal Federal). A Polícia Federal procura imagens de câmeras de segurança que possam ter registrado a movimentação de Luiz.
Nesta sexta-feira (15), agentes trabalham para localizar e entrevistar as pessoas que tiveram contato com o autor do atentado enquanto ele esteve no Distrito Federal. Algumas pessoas devem prestar depoimento na segunda.
Os agentes investigam as redes sociais para averiguar a participação de outras pessoas no atentado, além da ligação de Luiz em grupos extremistas.
O autor
Francisco Wanderley Luiz foi candidato a vereador em Rio do Sul (SC) pelo PL em 2020 e recebeu 98 votos. Por meio de nota, o PL se manifestou sobre o caso. “Reitero que o PL repudia veemente qualquer tipo de violência e reafirma seu compromisso com os valores democráticos. Reforçamos ainda que ataques a instituições públicas vão contra os princípios defendidos pelo partido” afirmou.
Na manhã do ataque, Luiz entrou na Câmara dos Deputados usando chinelos e um chapéu. Ao passar pelo raio-X da Casa, ele mostrou portar apenas uma carteira e uma chave, que aparenta ser do carro que explodiu próximo ao mesmo anexo, por volta das 19h30 de ontem. Ainda não há imagens de Francisco saindo da Câmara.