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R7 Brasília

Ministério Público cobra ações da Saúde do DF para reduzir tempo de filas em UPAs

A pasta deve enviar cronograma de ações, planejamento orçamentário e monitoramento do atendimento

Brasília|Do R7, em Brasília

UPA DF, unidades de pronto atendimento, UPA
Secretaria de Saúde tem 10 dias para enviar informações Rodrigo Nunes - ASCOM/MS -

O Ministério Público do Distrito Federal enviou um pedido de informações à Secretaria de Saúde para saber como a pasta pretende reduzir o tempo de espera e permanências de pacientes nas UPAs (unidades de pronto atendimento) da capital do país. O pedido foi enviado pela 3ª Promotoria de Justiça de Defesa da Saúde e requer a informação das atividades desenvolvidas pela pasta, incluindo o cronograma de curto e médio prazo, planejamento orçamentário e as ações de monitoramento. O prazo para resposta é de 10 dias.

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A promotoria também pediu um diagnóstico do déficit de leitos de retaguarda dos hospitais regionais que compõem a atenção hospitalar da rede de urgência e emergência do DF.

O Ministério solicitou informações sobre eventual estudo realizado quanto ao tempo de permanência de pacientes internados nas salas verde, amarela e vermelha das UPAs, com relatório pormenorizado dos dados qualitativos e quantitativos, como número de pacientes, percentual diário, semanal e mensal de lotação de cada uma das salas, taxa média de permanência, número de transferências realizadas e percentual em relação aos pacientes que permanecem nas unidades e restrição de funcionamento das unidades.

Na avaliação da promotora de justiça, Hiza Carpina, a instalação de sete novas UPAs não foi eficiente para reduzir a alta taxa de permanência de pacientes nas unidades de saúde.


“O grande problema hoje na rede de urgência e emergência é a falta de leitos de retaguarda nos hospitais do DF. A situação é de superlotação e restrição de funcionamento (bandeiramento)”, aponta.

De acordo com resolução do Ministério da Saúde preconiza que o tempo máximo de internação nas UPAs seja de 24 horas, devido ao caráter intermediário de assistência das unidades. Após esse período, o paciente deverá ter alta ou ser transferido para uma unidade hospitalar.


A promotora acrescenta ainda que existe precariedade nas condições de funcionamento da atenção hospitalar da rede pública do Distrito Federal em decorrência da fragilidade e das deficiências da estrutura física, além do grave déficit de profissionais de saúde, como médicos das especialidades de pediatria e clínica médica, enfermeiros e técnicos de enfermagem.

“Priorizar a construção de UPAs sem analisar a estrutura da rede de urgência e emergência é privar a população do Distrito Federal do direito à saúde. Hoje, o paciente permanece internado na UPA sendo assistido precariamente, quando, na verdade, ele precisa de atendimento na unidade hospitalar, como atenção cardiológica, cirúrgica, leitos de clínica médica, entre outros. Existem pacientes que precisam de atenção psiquiátrica internados na sala verde da UPA”, afirmou a promotora de justiça.

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