Logo R7.com
Logo do PlayPlus
R7 Brasília

Ministro-chefe da Casa Civil minimiza indisposição do governo com Forças Armadas

Rui Costa falou sobre investimentos em Defesa após um almoço com o ministro da pasta, José Múcio, nesta terça-feira

Brasília|Hellen Leite, do R7, em Brasília

Rui Costa, ministro-chefe da Casa Civil, após almoço no Ministério da Defesa
Rui Costa, ministro-chefe da Casa Civil, após almoço no Ministério da Defesa

O ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, minimizou nesta terça-feira (17) a indisposição do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com as Forças Armadas e disse que não é prudente "misturar eventuais comportamentos inadequados" de militares com o compromisso constitucional das instituições. A declaração ocorreu após um almoço entre Rui Costa e o ministro da Defesa, José Múcio.

"Não podemos permanecer, de forma nenhuma, com as nossas instituições contaminadas por esse conceito de governo que se encerrou no dia 31 [de dezembro]. Qualquer nação do mundo que quer se desenvolver tem que ter a democracia forte e tem que ter instituições de Estado, não de governo", completou. 

Na semana passada, Lula disse que houve "conivência" da Polícia Militar e das Forças Armadas nas manifestações de 8 de janeiro. O presidente também afirmou estar convencido de que alguém facilitou a entrada de extremistas no Palácio do Planalto.

Foi Múcio quem convidou Rui Costa para almoçar. Ele também convidou os comandantes do Exército, general Júlio Cesar de Arruda; da Marinha, almirante Marcos Sampaio Olsen; e da Aeronáutica, tenente-brigadeiro Marcelo Kanitz Damasceno. A reunião é uma tentativa de aproximar os militares do governo federal e alinhar as expectativas sobre o Ministério da Defesa.


Nesta terça-feira (17), o Diário Oficial da União trouxe a exoneração de 56 militares que atuavam na coordenação da administração do Palácio da Alvorada no regime de gratificação. Sobre as exonerações, Rui Costa disse que elas são "naturais". Até o momento, Lula já exonerou mais de 1.200 servidores da Esplanada

"As trocas estão ocorrendo em todos os ministérios, independentemente de serem militares ou civis. É natural que ocorra, porque o governo que saiu tem pouca ou nenhuma sintonia com o governo que entrou. São pensamentos totalmente diferentes, portanto, não poderíamos conviver com os mesmos assessores", disse Rui Costa.


Leia também: Justiça determina transferência de advogados e militares presos em atos de vandalismo

As dispensas devem continuar acontecendo nos próximos dias e se intensificar a partir do dia 23 de janeiro, quando os novos ministérios devem entrar no sistema do governo federal, segundo o ministro-chefe da Casa Civil. 


Investimentos no Ministério da Defesa

Os ministros também conversaram sobre o avanço nos investimentos na área de segurança e defesa nacional, o que Rui Costa disse ser prioridade para Lula. À pergunta se o anúncio de investimentos seria um afago aos militares, Rui Costa disse que não.

"Não é afago, porque não é novidade. O presidente pediu isso não foi agora em janeiro. Ele pediu isso lá no início. Antes mesmo de escolher os comandantes das Forças Armadas, ele já determinou que gostaria de receber e de alinhar os investimentos, a modernização das Forças Armadas, a formação de mão de obra, com o que as principais nações do mundo fazem."

O ministério de Múcio já tem um plano de modernização das Forças Armadas para apresentar ao presidente. O valor dos investimentos não foi informado.

Últimas


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.