Moraes manda presídio explicar irregularidades apontadas por Filipe Martins
Filipe é réu no inquérito sobre uma tentativa de golpe, ele chegou a ser preso, mas foi solto meses depois

O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), mandou a Direção do Complexo Médico Penal, em São José dos Pinhais (PR), prestar informações, no prazo de cinco dias, sobre eventuais irregularidades noticiadas pelo ex-secretário do ex-presidente Jair Bolsonaro Filipe Martins durante o período em que se encontrou preso.
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Filipe é réu no inquérito sobre uma tentativa de golpe, ele chegou a ser preso em 8 de fevereiro de 2024, ficou detido por seis meses e foi solto no dia 10 de agosto do mesmo ano.
Na semana passada, em depoimento ao STF, o ex-assessor negou ter confeccionado uma das versões da “minuta do golpe”. “Tomei conhecimento pela imprensa”, disse o ex-assessor de Bolsonaro sobre o documento.
Durante a audiência, Martins negou ter viajado aos Estados Unidos no fim de 2022 e afirmou que se considera um preso político, com “restrições injustificadas” nos direitos de ir e vir e de expressão.
O ex-assessor também alegou, em seu interrogatório, irregularidades que ocorreram na unidade prisional — durante o período em que se encontrou custodiado —, tendo afirmado que parte do período que permaneceu na prisão foi feito em isolamento, após o período de triagem, em uma cela sem iluminação.
Martins era assessor de Bolsonaro para assuntos internacionais e é réu do núcleo 2 da trama golpista. Segundo a denúncia da PGR (Procuradoria-Geral da República), os réus desse núcleo teriam atuado para espalhar notícias falsas e atacar instituições e autoridades.
Além de Filipe Martins, são réus do núcleo 2: Fernando de Sousa (delegado da Polícia Federal), Marcelo Câmara (ex-ajudante de ordens), Marília Alencar (delegada e ex-diretora de Inteligência da Polícia Federal), Mário Fernandes (general da reserva do Exército) e Silvinei Vasques (ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal).
Filipe Martins está em prisão domiciliar. A alegação de que o ex-assessor teria deixado o país foi usada para o decreto de prisão sob risco de fuga.
A defesa de Martins aponta para informações contraditórias da Polícia Federal.
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