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Moraes volta atrás e manda prender novamente PM réu por atos extremistas, diz defesa

Ministro tinha determinado soltura provisória do coronel Marcelo Casimiro em março, por achar que PM já estava na reserva

Brasília|Gabriela Coelho, do R7, em Brasília

PMs respondem por omissão no 8/1
PMs respondem por omissão no 8/1 Joedson Alves/Agência Brasil

O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes mandou prender novamente o coronel da Polícia Militar do DF Marcelo Casimiro, réu pelos atos de 8 de Janeiro. Em março, Moraes tinha mandado soltar o policial por achar que Casimiro estava na reserva. O coronel segue em serviço. A informação da nova prisão foi confirmada pela defesa do policial. 

"A revogação da prisão se deu sob o fundamento de que o acusado teria se transferido para a reserva remunerada e, nessa condição, não ofereceria risco à instrução criminal. Ocorre que o acusado ainda está no serviço ativo", disse a defesa. 

Os advogados informaram que vão analisar os fundamentos do novo decreto de prisão. De todo modo, a defesa disse que "reitera o compromisso do acusado com a Justiça e reforça que não pretende de forma alguma tumultuar o processo e a única coisa que deseja no momento é provar sua inocência sem o sacrifício da liberdade".

Soltura de PMs

Em 28 de março, Moraes mandou soltar provisoriamente os coronéis da PMDF Fábio Augusto Vieira, Klepter Rosa e Marcelo Casimiro. Eles estavam presos desde 18 de agosto de 2023 por suspeita de omissão no dia das ações extremistas.


Em fevereiro, a PMDF transferiu Vieira e Rosa para a reserva remunerada. Eles recebem R$ 18 mil por mês desde então. A portaria que concede o benefício diz que os policiais foram transferidos em razão do tempo de serviço.

Relembre as prisões

O então comandante-geral da PMDF, coronel Klepter Rosa, e outros quatro oficiais foram presos na manhã de 18 de agosto de 2023 em uma ação conjunta da Polícia Federal e da PGR (Procuradoria-Geral da República).


Segundo a PGR, a cúpula da PMDF deixou de agir para impedir os atos extremistas contra as sedes dos Três Poderes devido ao alinhamento ideológico com os criminosos que atentaram contra o Estado Democrático de Direito.

Segundo as investigações, os policiais trocaram mensagens e difundiram informações falsas de teor golpista antes do segundo turno das eleições presidenciais de 2022.


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A PGR informou que foi constatada uma "profunda contaminação ideológica de parte dos oficiais da Polícia Militar do DF que se mostrou adepta de teorias conspiratórias sobre fraudes eleitorais e de teorias golpistas".

Segundo o órgão, há ainda menção a provas de que os policiais — que ocupavam cargo de comando da corporação — receberam, antes do 8 de Janeiro, diversas informações de inteligência que sugeriam as "intenções golpistas" do movimento e o "risco iminente da efetiva invasão às sedes dos Três Poderes".

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