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MP junto ao TCU pede investigação sobre indicação de Adriano Pires

Empresário foi indicado por Bolsonaro para comandar presidência da Petrobras; subprocurador alega possível conflito de interesses

Brasília|Plínio Aguiar, do R7, e Myrcia Hessen, da Record TV

Indicado por Bolsonaro, Adriano Pires vai ser avaliado pela administração da Petrobras
Indicado por Bolsonaro, Adriano Pires vai ser avaliado pela administração da Petrobras Indicado por Bolsonaro, Adriano Pires vai ser avaliado pela administração da Petrobras

O subprocurador-geral do MP (Ministério Público) junto ao TCU (Tribunal de Contas da União), Lucas Rocha Furtado, pediu, na última sexta-feira (1º), que a Corte determine à CGU (Controladoria-Geral da União), à Comissão de Ética da Presidência da República e à Petrobras que investiguem um possível conflito de interesses na indicação do empresário Adriano Pires para a presidência da Petrobras.

"Apurar possível ingerência indevida do governo federal na empresa de economia mista Petróleo Brasileiro S.A. – Petrobras, mediante a troca de seu presidente, em possível afronta à Lei 6.404/1976 e à Lei nº 13.303/2016 e sem que tenha havido justificativa técnica e/ou gerencial plausível para a alteração e sem que os motivos determinantes fossem expressamente declinados, de modo a possibilitar o posterior controle pelos órgãos de fiscalização e a garantir a necessária transparência exigida em situações previstas no art. 157, § 4º, da Lei 6.404/1976 (fatos relevantes)", diz Furtado.

"Determinar, em caráter cautelar, à Controladoria-Geral da União e à Comissão de Ética Pública que adotem imediatas providências no sentido de investigar em profundidade a ocorrência de eventual conflito de interesses na indicação do Sr. Adriano José Pires Gonçalves à presidência da Petrobras, bem como providenciem as medidas de sua competência para a prevenção ou eliminação desse conflito, previamente à nomeação e posse do indicado, cabendo igualmente determinar à empresa estatal que adote essas mesmas providências, de acordo com os seus estatutos e regulamentos societários", acrescenta.

Pires foi indicado para chefiar a estatal após a demissão do general Joaquim Silva e Luna. O nome precisa ser referendado pela assembleia-geral da empresa, prevista para ocorrer no dia 13 de abril. 

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Com mais de 40 anos de experiência, o empresário era cotado para o cargo havia duas semanas. Graduado em economia, Pires tem doutorado em economia industrial pela Universidade de Paris-XIII e mestrado em planejamento energético. Atualmente, é diretor-fundador do CBIE (Centro Brasileiro de Infraestrutura) e atua coordenando projetos e estudos para a indústria de gás natural, a política nacional de combustíveis, o mercado de derivados de petróleo e gás natural.

Apesar da nova indicação, interlocutores do governo afirmam que a tendência é que ele não gere alterações significativas na política de preços da empresa. A metodologia usada pela Petrobras é a PPI (Preço de Paridade Internacional), que faz com que o preço da gasolina, do etanol e do óleo diesel acompanhe a variação do valor do barril de petróleo no mercado internacional, bem como a variação do dólar.

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