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'Múcio devia escolher melhor os amigos', diz Boulos ao criticar ministro da Defesa

Deputado federal eleito disse que não é normal o ministro 'ter amigos em acampamentos golpistas'

Brasília|Do R7, em Brasília

O deputado federal eleito Guilherme Boulos (Psol-SP)
O deputado federal eleito Guilherme Boulos (Psol-SP) O deputado federal eleito Guilherme Boulos (Psol-SP)

O deputado federal eleito Guilherme Boulos (Psol-SP) criticou as declarações do ministro da Defesa, José Múcio, sobre os manifestantes acampados em frente ao Quartel General do Exército em Brasília, após o resultado das eleições. Na ocasião, o chefe da Defesa disse que o protesto era "democrático" e que se esvaziariam naturalmente. Na época, a declaração causou incômodo entre aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

"Se José Múcio diz que tem amigo em acampamento golpista, isso não é normal. Aqueles acampamentos eram qualquer coisa menos democráticos, porque defendiam golpe de Estado", disse o líder dos sem-teto em entrevista a um jornal publicada nesta sexta-feira (20). Ele ainda comentou que o ministro deveria "escolher melhor seus amigos".

O deputado federal eleito ainda disse que os apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) são responsáveis pelos atos de vandalismo do dia 8 de janeiro nos prédios da Praça dos Três Poderes e defendeu "punição exemplar" aos responsáveis. "Essa não é uma questão de vingança, mas de definição de linhas demarcatórias. Pacificação é uma coisa, esquecimento é outra", comentou.

Leia também: Lula afirma que Múcio vai continuar no cargo: 'Confio nele'

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Apesar das críticas, Boulos afirmou que o principal responsável pela invasão e depredação das sedes dos Três Poderes é o Governo do Distrito Federal, com "a Polícia Militar praticamente escoltando os golpistas", disse.

Caçada aos responsáveis pelos atos do dia 8 de janeiro

A Polícia Federal deflagrou nesta sexta, a primeira fase da Operação Lesa Pátria para identificar participantes, financiadores e fomentadores dos atos antidemocráticos. Oito mandados de prisão e 16 de busca e apreensão, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF), estão sendo cumpridos nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal.

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Os alvos são investigados pela PF pelos crimes de abolição violenta do Estado democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.

Até a noite de quarta-feira (18), o ministro do STF Alexandre de Moraes manteve 354 vândalos presos após audiências de custódia sobre o ataque às sedes dos Três Poderes, em 8 de janeiro. Outros 220 foram liberados para responder ao processo fora da cadeia. Moraes já analisou 574 audiências de um total de 1.459 realizadas entre 13 e 17 de janeiro.

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Danos milionários

Os danos causados ao Congresso Nacional, Palácio do Planalto e STF chegam a R$ 18,5 milhões, segundo estimativas apresentadas pela Advocacia-Geral da União (AGU) em pedido para bloquear a quantia de quem financiou os atos de vandalismo. A solicitação foi feita nesta quinta-feira (19) à Justiça Federal no Distrito Federal.

Confira os prejuízos calculados:

• Palácio do Planalto: R$ 7.978.773,07

• Câmara dos Deputados: R$ 1.102.058,18

• Senado: R$ 3.500.000,00

• Supremo Tribunal Federal: R$ 5.923.000,00

- TOTAL: R$ 18.503.831,25

Alguns danos, como os causados a obras de arte e a presentes de chefes de Estado, são inestimáveis.

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