O governo federal publicou no Diário Oficial da União desta quarta-feira (4) uma lei que altera a LOA (Lei Orçamentária Anual) deste ano, permitindo que agências financeiras ofereçam créditos a pessoas físicas e empresas localizadas em cidades em calamidade pública ou estado de emergência. A partir de agora, produtores gaúchos poderão acessar, renovar e renegociar financiamentos mesmo com o nome negativado. O texto foi assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pela ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet.As novas regras entram em vigor a partir da data de publicação. Segundo o governo do estado, mais de 206 mil propriedades foram afetadas pelas enchentes no primeiro semestre, com perdas na produção e na infraestrutura.Em agosto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva editou uma medida provisória que abre um crédito extraordinário de R$ 1,9 bilhão para o desconto de dívidas de produtores rurais do estado. Segundo o governo, os recursos beneficiarão a liquidação e renegociação das operações de custeio, investimento ou industrialização contratadas por produtores gaúchos que tiveram perdas materiais devido às enchentes e chuvas deste ano, além da prorrogação de parcelas de empréstimos.A Lei Orçamentária Anual prevê as receitas e fixa as despesas do governo federal para o ano seguinte, indicando quanto será aplicado em cada área e a origem dos recursos.A LOA inclui, entre outros itens:A LOA é entregue ao Congresso Nacional na forma de projeto de lei, denominado PLOA (Projeto de Lei Orçamentária Anual). O texto de 2025 foi entregue no dia 30 de agosto e está em análise na CMO (Comissão Mista de Orçamento). O relator da proposta é o senador Angelo Coronel (PSD-BA).O orçamento total previsto para o próximo ano é de R$ 5,87 trilhões. Deste total, R$ 2,77 trilhões são destinados a despesas financeiras e R$ 2,93 trilhões a despesas primárias. Esse montante inclui R$ 166,6 bilhões para o orçamento de investimento das empresas estatais.Para o governo central, a receita primária projetada é de R$ 2,91 trilhões, equivalente a 23,5% do PIB, incluindo R$ 558,7 bilhões em transferências para estados e municípios. As despesas primárias do governo central são estimadas em R$ 2,39 trilhões, ou 19,3% do PIB. O resultado primário previsto é zero.