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‘Nem chefes do tráfico enfrentam isso’, diz Carlos Bolsonaro após STF liberar cirurgia do pai

Filho do ex-presidente acusa Estado de agravar quadro de saúde do pai após Moraes autorizar cirurgia, mas negar prisão domiciliar

Brasília|Do R7, em Brasília

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • Carlos Bolsonaro criticou a decisão do STF que não concedeu prisão domiciliar ao pai, Jair Bolsonaro.
  • O vereador alegou que as condições atuais do ex-presidente são mais severas do que as enfrentadas por chefes do tráfico.
  • Laudos médicos indicam que Bolsonaro sofre de várias doenças crônicas e enfrenta restrições severas de convivência.
  • A cirurgia para correção de hérnia foi autorizada, mas o pedido para mudar o regime de prisão foi negado pelo ministro Moraes.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Carlos Bolsonaro tem feito uma série de posts afirmando que o pai está sendo tratado de forma desumana Beto Barata/ PL - Arquivo

A decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro provocou reação imediata de seu filho, o vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ).

Em publicação nas redes sociais, Carlos acusou o Judiciário de impor restrições desproporcionais e de ignorar um quadro clínico considerado grave pela família.


“Nem chefes do tráfico costumam enfrentar” as condições impostas ao ex-presidente, escreveu Carlos ao criticar o regime atual aplicado a Bolsonaro.

No texto, o vereador afirma haver laudos médicos encaminhados ao STF apontando doenças crônicas, entre elas problemas cardíacos, hipertensão, apneia do sono, refluxo severo e câncer de pele, além de crises frequentes acompanhadas de vômitos e necessidade de medicação contínua.


Segundo Carlos Bolsonaro, a manutenção de restrições prolongadas, mesmo diante desse cenário clínico, afrontaria a dignidade humana e colocaria a vida do ex-presidente em risco.

Ele também mencionou limitações de convivência, como apenas duas horas diárias de banho de sol e visitas familiares restritas a 30 minutos por semana, situação descrita como mais rígida do que a aplicada a presos de alta periculosidade.


Autorização de cirurgia

A publicação ocorreu após Moraes autorizar, na sexta-feira (19), a realização de uma cirurgia para correção de hérnia inguinal bilateral em Jair Bolsonaro.

A decisão se baseou em laudo da Polícia Federal, elaborado após perícia médica, no qual especialistas indicaram a intervenção cirúrgica como recomendação predominante entre profissionais da área.


Apesar da autorização para o procedimento, o ministro negou o pedido da defesa para conversão da pena em prisão domiciliar. Moraes sustentou que Bolsonaro cumpre pena em regime fechado e não atende aos requisitos legais para mudança de regime.

O despacho também cita descumprimento de medidas cautelares ao longo do processo, além de menção a tentativa de fuga durante período anterior de prisão domiciliar.

O ministro ainda rejeitou solicitação da defesa para flexibilizar o horário das sessões de fisioterapia, mantendo a limitação estabelecida anteriormente.

No texto publicado nas redes, Carlos Bolsonaro afirmou que, caso houvesse desvio de recursos públicos ou envolvimento comprovado em outros crimes, o destino do ex-presidente seria outro, argumento usado para reforçar a crítica ao tratamento recebido.

Para ele, o episódio revela, segundo suas palavras, o “retrato jurídico e humano do regime aplicado hoje no Brasil”.

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