No G20, Brasil vai apresentar ferramenta de inteligência artificial contra a corrupção
De acordo com Controladoria-Geral da União, sistema detecta e alerta sobre riscos e evita desperdício de recursos públicos
Brasília|Plínio Aguiar, do R7, em Brasília
O governo federal vai apresentar nesta semana, durante reunião de grupo de trabalho anticorrupção no G20, uma ferramenta brasileira de inteligência artificial contra a corrupção. A agenda vai ocorrer entre os dias 25 e 27, em Paris, na França, e será lançada pelo ministro-chefe da Controladoria-Geral da União (CGU), Vinícius Carvalho.
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O G20, grupo que reúne as principais economias do mundo, é presidido pelo Brasil neste ano. O grupo de trabalho anticorrupção vai se reunir nesta semana para discutir propostas de combate à corrupção nos países que integram o fórum internacional.
“Investimos em tecnologia, como a Auditoria Preventiva em Licitações — Alice, que é uma ferramenta com uso de inteligência artificial para detectar e alertar sobre riscos e evitar desperdício de recursos públicos. O sistema monitora licitações e contratos públicos em busca de possíveis desvios, contribuindo para a prevenção da corrupção”, afirmou Carvalho.
O ministro-chefe da CGU destacou que a corrupção não é um problema exclusivo do setor público. “Também existe na iniciativa privada. Precisamos trabalhar não apenas na repressão, mas também em incentivos para as empresas adotarem medidas de integridade. No G20, estamos buscando princípios norteadores para reforçar a criação de estruturas internas de governança nas empresas, que inibam comportamentos corruptos e estabeleçam consequências adequadas para tais práticas”, disse.
Carvalho argumentou que a integridade pública envolve uma série de agendas que permitem à sociedade fiscalizar as ações do governo, além de promover diálogo com a sociedade.
“No fundo, quando falamos de integridade, estamos nos referindo a instituições e políticas confiáveis para a sociedade. Integridade pública é fundamental para o desenvolvimento sustentável e econômico de qualquer nação. Isso inclui a redução das desigualdades e o enfrentamento dos desafios climáticos que estamos vivenciando.”