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Novas regiões do DF e ampliação de uso do Setor Comercial Sul ficarão para 2023

Projetos serão debatidos na Câmara Legislativa do Distrito Federal, mas votados só na nova legislatura, segundo o líder do governo

Brasília|Luiz Calcagno, do R7, em Brasília

Câmara Legislativa do Distrito Federal, em Brasília
Câmara Legislativa do Distrito Federal, em Brasília

A votação dos projetos de lei do Governo do Distrito Federal relacionados à habitação e à ampliação do uso de endereços da capital será realizada em 2023. A confirmação foi feita ao R7 nesta quarta-feira (23) pelo líder do governo na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), o deputado Hermeto (MDB).

A lista inclui as propostas de criação das novas regiões admistrativas e a modificação nas normas que permitirão novos empreendimentos no Setor Comercial Sul, em Brasília. Outro projeto importante, que altera o Plano de Preservação do Conjunto Urbanístico de Brasília (PPCUB), já havia sido adiado.

De acordo com Hermeto, a prioridade do governo será a votação de créditos suplementares, já enviados à Casa, e do Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA), que está em debate e será votado na última sessão do ano, prevista para 15 de dezembro.

Arapoanga e Água Quente

Quanto à criação das regiões de Arapoanga, hoje integrada a Planaltina, e de Água Quente, incorporada ao Recanto das Emas, o governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), enviou os projetos de lei assinados nessa terça-feira (22). A expectativa inicial era que os textos fossem votados até o fim da próxima semana.


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No caso da ampliação do uso do Setor Comercial Sul, o texto do projeto de lei que trata da revitalização da região nobre na área central de Brasília será apreciado pelo Conselho de Planejamento Territorial e Urbano do Distrito Federal (Conplan) nesta quinta-feira (24) e seguirá para a CLDF até o final deste mês.

O tema foi enxertado do PPCUB com a possibilidade de ser aprovado antes, justamente por ser mais simples, e permitirá a instalação de novos empreendimentos na região, incluindo faculdades e empresas de tecnologia da informação, por exemplo.


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"Todo o PPCUB vai ficar para o ano que vem. É um tema difícil. É uma pauta polêmica. O mesmo com o Setor Comercial Sul. Eu acho que não passa ainda. A criação das regiões administrativas, também acho que fica para o ano que vem. As prioridades do governo são os créditos, que já chegaram [na CLDF]", afirmou Hermeto.

Um dos motivos, segundo afirmam parlamentares nos bastidores, é que os temas são complexos para serem votados em um período tão curto. Além disso, os distritais estão envolvidos nas articulações para a disputa da presidência da Casa, que acontecerá após a posse dos novos eleitos e à recondução dos reeleitos, em 1º de janeiro.


Mais debates

O PPCUB ficou para 2023 depois que o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios pediu mais debate sobre o tema. A última audiência pública para tratar da área tombada de Brasília aconteceu no último sábado (19), mas a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh) fará mais um encontro para atender à recomendação da 4ª Promotoria de Justiça de Defesa da Ordem Urbanística (Prourb).

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Entre os temas relevantes previstos na minuta do PPCUB estão as concessões de uso, concessões de direito real de uso, regularização da Esplanada dos Ministérios e Praça dos Três Poderes, inclusive, com a previsão de formalização dos lotes dos blocos dos Ministérios.

Outros pontos importantes e polêmicos são os aspectos relativos aos postos de combustíveis, especialmente aqueles com lojas de conveniência, e, finalmente, a questão ambiental em área tombada, envolvendo o saneamento. Um dos aspectos polêmicos da proposta é a construção da quadra 901 da Asa Norte.

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