Nuvem cria 'explosão atômica' no céu de Brasília; veja imagens
Cumulonimbus rendeu cliques e posts nas redes sociais, mas pode trazer riscos especialmente à aviação, explica meteorologista
Brasília|Lucas Nanini, do R7, em Brasília
Quem esteve em Brasília no fim da tarde desta terça-feira (18) pôde ver no céu um verdadeiro espetáculo da natureza. A formação de uma nuvem do tipo cumulonimbus em meio aos raios de sol e ao azul do sempre contemplado céu da capital federal rendeu fotos e postagens nas redes sociais. Apesar de toda a beleza, o fenômeno é considerado um dos que mais oferecem riscos, especialmente às aeronaves.
O cumulonimbus é comum de acontecer. Segundo o meteorologista Mamede Melo, do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), calor e umidade são combustíveis para a formação desse tipo de nuvem.
“No topo dela tem granizo subindo e descendo. Tem ventos no centro dela, de baixo para cima, ascendente, e nas bordas dela tem vento descendente. É uma nuvem muito perigosa para a aviação. Se observar, parece que no centro dela estamos vendo algum clarão, que provavelmente são relâmpagos. Isso porque tem granizo subindo e descendo, o que forma descarga elétrica”, explica o meteorologista.
Os cumulonimbus são nuvens de desenvolvimento vertical, com sua base variável, podendo ficar em torno de 300 metros da superfície e atingir a altura média de 12 Km ou ultrapassar essa medida. No alto, a formação lembra uma bigorna ou a “explosão de bomba atômica”, como publicaram os usuários das redes sociais. Também houve quem comparasse o fenômeno a um disco voador.
“Ela dá um espetáculo bonito, mas é uma das nuvens mais perigosas que existem. É ela que dá a formação de alguns fenômenos, entre eles o tornado e também o furacão, quando ocorre sobre os oceanos”, afirma Mamede.