Operação da PF investiga ligação de desembargador e filho com organização criminosa
Suspeita é de venda de sentenças; são cumpridos 17 mandados de busca e apreensão em Brasília, Minas Gerais e no Maranhão
Brasília|Carlos Eduardo Bafutto, do R7, em Brasília
A Polícia Federal cumpre na manhã desta terça-feira (14) 17 mandados de busca e apreensão em Brasília (DF), Belo Horizonte (MG) e São Luiz (MA). A operação, chamada de Habeas Pater, investiga o suposto envolvimento de um desembargador federal e do filho dele, advogado, com uma organização criminosa para a venda de sentenças judiciais.
De acordo com a PF, existe a suspeita de crimes de corrupção ativa e passiva. São cumpridos nove mandados de busca e apreensão em Brasília, sete em Belo Horizonte e um em São Luís, para apurar a suspeita de envolvimento do desembargador e do filho com investigados da Operação Flight Level II, também deflagrada pela PF, com o apoio da Receita Federal, nesta terça-feira, em Minas Gerais.
Esta outra operação investiga crimes de tráfico internacional de drogas, organização criminosa e lavagem de dinheiro. Segundo a PF, "foram identificadas aquisições de imóveis, veículos de luxo, joias e criptoativos sem que os rendimentos declarados fossem suficientes para justificar o acréscimo patrimonial no período".
Operação Flight Level II
A PF cumpre na manhã desta terça-feira 25 mandados de busca e apreensão em Belo Horizonte e região metropolitana e nas cidades de São Paulo (SP) e Florianópolis (SC). São cumpridos também cinco mandados de prisão preventiva, cinco mandados de prisão temporária, 17 mandados de sequestro de veículos automotores e de sete imóveis, além do bloqueio de contas bancárias e criptoativos de 34 pessoas e empresas.
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Os suspeitos podem responder pelos crimes de tráfico de drogas, participação em organização criminosa e lavagem de dinheiro com penas que, somadas, chegam a 38 anos de reclusão. Já o desembargador e seu filho, se provados os crimes, poderão ser condenados a até 12 anos de prisão.