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Padilha avalia possível saída de ministra do Turismo como 'natural'

Ministro diz ser normal partido de Daniela Carneiro querer indicar outro representante para a pasta; saída é tida como certa

Brasília|Augusto Fernandes, do R7, em Brasília

Alexandre Padilha ao lado de líderes do Congresso
Alexandre Padilha ao lado de líderes do Congresso Alexandre Padilha ao lado de líderes do Congresso

O ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, disse, nesta sexta-feira (16), que a possível demissão de Daniela Carneiro do Ministério do Turismo é algo "absolutamente natural" e que o governo analisa o pedido do União Brasil, partido dela, para indicar um novo nome para a pasta.

"Está em debate um pedido de reformulação de seus ministros. Então, nós vamos continuar discutindo. Vamos programar nos próximos dias, ouvir dos dirigentes do União Brasil qual a proposta que eles apresentam em relação a isso. É absolutamente natural que esse debate possa acontecer, sobretudo com ministros que são indicados por partidos", afirmou Padilha.

O União Brasil aguarda a mudança desde que Daniela anunciou, em abril, que deixaria a legenda e, ao longo do mês passado, deu recados a Lula de que a troca era necessária caso o presidente quisesse contar com os votos do partido no Congresso. Em votações de temas delicados para o governo, como a de um projeto que anulou as alterações promovidas pelo chefe do Executivo no Marco do Saneamento Básico, o União Brasil votou em peso contra o Palácio do Planalto.

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A saída de Daniela é apenas questão de tempo. Segundo Padilha, o problema não está no trabalho desempenhado por ela, mas na situação política da ministra com o União Brasil.

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"O que está em questão não é o trabalho da ministra, mas, o que é natural, é aquele ministério, que foi uma indicação partidária, diferentemente de outros ministérios, que foram indicações técnicas, de pessoas que não são filiadas aos partidos, e esse partido colocou em questão", explicou Padilha.

Na terça-feira (13), Padilha participou de um jantar com deputados do União Brasil. O evento praticamente selou a troca. O substituto será o deputado Celso Sabino (União Brasil-PA), que tem o apoio da maioria da bancada para chefiar o Ministério do Turismo.

No mesmo dia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Daniela se encontraram para discutir a situação política da ministra, e o chefe do Executivo decidiu não demiti-la naquele momento, para poupá-la de uma saída conturbada. Apesar de já ter dado aval para a troca dela, o presidente tem uma boa relação pessoal com Daniela. Lula não quis simplesmente rifá-la do governo, o que poderia comprometer o prestígio que tem com a ministra, e busca uma espécie de "saída honrosa" para ela.

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