Logo R7.com
Logo do PlayPlus
Publicidade

Em reunião ministerial, Daniela fala por 17 minutos e defende trabalho à frente do Turismo

Com o cargo ameaçado desde o mês passado, a ministra conseguiu adiar a demissão mesmo sob pressão do partido, o União Brasil

Brasília|Plínio Aguiar, do R7, com Renata Varandas, da Record TV

Lula durante reunião ministerial nesta quinta (15)
Lula durante reunião ministerial nesta quinta (15) Lula durante reunião ministerial nesta quinta (15)

A ministra do Turismo, Daniela Carneiro, defendeu seu trabalho e as ações tomadas à frente da pasta durante a reunião ministerial com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), realizada no Palácio do Planalto, em Brasília, nesta quinta-feira (15). Ela discursou por cerca de 17 minutos. O encontro estava marcado para as 10h, de acordo com a agenda oficial de Lula, mas teve início quase uma hora depois. Até a última atualização desta reportagem (18h32), a reunião ainda ocorria.

Participam da reunião todos os ministros, com exceção de Marina Silva (Meio Ambiente e Mudança do Clima), que fez exames em um hospital de São Paulo, e Luiz Marinho (Trabalho e Emprego), que cumpre agenda fora do Brasil. Em seus lugares, compareceram João Capobianco e Francisco Macena, respectivamente.

Compartilhe esta notícia no WhatsApp

Compartilhe esta notícia no Telegram

Publicidade

Com o cargo ameaçado desde o mês passado, Daniela conseguiu adiar a demissão mesmo sob forte pressão do partido dela, o União Brasil. Lula e a ministra se encontraram nesta terça (13) para discutir a situação política dela, e o chefe do Executivo decidiu não demiti-la naquele momento, para poupá-la de uma saída conturbada. Apesar de já ter dado o aval para a troca, o presidente tem uma boa relação pessoal com Daniela.

O prefeito de Belford Roxo (RJ) e marido de Daniela, Wagner Carneiro (Republicanos), mais conhecido como Waguinho, disse nesta quarta (14) que o Lula e sua mulher choraram na reunião em que o presidente deu sobrevida à ministra. Ele negou "rancor" ou "mágoa" com qualquer atitude que possa ser tomada em relação aos dois.

Publicidade

Lula não quis simplesmente rifá-la do governo, o que poderia comprometer o prestígio que tem com a ministra, e buscou uma espécie de "saída honrosa" para ela. Se demitida, Daniela voltará à Câmara dos Deputados, na qual promete dar apoio a Lula. "Nós somos Lula até o fim", declarou ela nesta quarta (14), em audiência no Senado.

Questão de tempo

A saída de Daniela é apenas questão de tempo, como reconhecem membros do governo, e nesta terça-feira (13) o ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, participou de um jantar com deputados do União Brasil para confirmar que a troca vai ocorrer. O substituto será o deputado Celso Sabino (União Brasil-PA), que tem o apoio da maioria da bancada para chefiar o Ministério do Turismo.

Publicidade

O União Brasil aguarda a mudança desde que Daniela anunciou, em abril, que deixaria a legenda e, ao longo do mês passado, deu recados a Lula de que a troca era necessária caso o presidente quisesse contar com os votos do partido no Congresso. Em votações de temas delicados para o governo, como a de um projeto que anulou as alterações promovidas pelo chefe do Executivo no Marco do Saneamento Básico, o União Brasil votou em peso contra o Palácio do Planalto.

Cobrança de mais resultados

Como mostrou o R7, para Lula, um dos objetivos da reunião ministerial era cobrar dos integrantes do primeiro escalão do governo mais celeridade nas ações de cada pasta. O presidente pretende lançar, em 2 de julho, um programa voltado para grandes construções de infraestrutura em todo o país — o projeto tem sido chamado nos bastidores de "novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC)".

Leia também

Na reunião, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, pediu aos demais colegas que abrissem seus gabinetes a fim de receber parlamentares e, assim, facilitar a articulação política do Executivo com o Legislativo. Ele também pediu celeridade nas nomeações e nas indicações feitas por congressistas, principalmente de órgãos da União nos estados, e disse que há mais ou menos 400 cargos ainda em aberto.

Deputados e senadores têm se queixado da demora nas nomeações para cargos na estrutura da União nos estados. Os congressistas também têm reclamado da atuação de Padilha, responsável pela articulação política com o Congresso, que reconhece a necessidade de atender aos pedidos dos parlamentares.

Últimas

Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.