Padilha condena fake news sobre RS e diz que há pessoas agindo como ‘coaches do caos’
Ministro fez um paralelo com falsas notícias divulgadas na pandemia e como isso atrapalhou ações na época
Brasília|Bruna Lima, do R7, em Brasília
O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, condenou nesta quinta-feira (9) a disseminação de fake news sobre a situação que enfrenta o Rio Grande do Sul e disse que há pessoas agindo como “verdadeiros coaches do caos”. Padilha também fez um paralelo com a divulgação de notícias falsas durante a pandemia da Covid-19, afirmando que isso agravou a crise de saúde e dificultou a efetividade das ações contra a doença.
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“Tem alguns que são verdadeiros coaches do caos. Parece que querem, alimentam, estimulam o caos nessa situação. A gente viveu a pandemia e sabe o que é espalhar mentira durante uma situação crítica. Isso afeta o trabalho das pessoas que estão atuando lá, o esforço dos servidores públicos, de voluntários, empresários para salvar o RS”, criticou o ministro.
A fala ocorreu em meio à polêmica provocada pelo coach Pablo Marçal em razão de postagens alegando inércia na atuação das Forças Armadas para prestar auxílio à população gaúcha. A AGU (Advocacia-Geral da União) entrou com uma ação judicial com pedido de resposta para esclarecimento das postagens e ressaltou “que as publicações infringem os termos de uso da própria plataforma – que proíbe a publicação de conteúdo enganoso ou fora de contexto com potencial de causar confusão generalizada sobre questões públicas.”
Padilha não citou Marçal ao falar sobre os “coaches do caos”, mas ressaltou os danos causados por informações falsas divulgadas pelas redes sociais. Segundo ele, a pandemia mostrou que espalhar fake news significa morte de pessoas. “Centenas de milhares de pessoas morreram na pandemia por conta de mentiras espalhadas em redes sociais. Parem de fazer isso e se somem ao esforço de se unir para salvar nossos irmãos do Rio Grande do Sul”, completou.
O ministro agradeceu os esforços do Congresso para aprovar medidas que aceleram o envio de recursos para o estado gaúcho. Um dos projetos aprovados nesta quinta-feira (9) permite a alocação de créditos suplementares para essas ações, mesmo na ausência de impedimentos técnicos para a execução das despesas inicialmente planejadas. Além disso, os parlamentares terão a possibilidade de realizar remanejamentos parciais de suas emendas para esse fim. Essa flexibilização se estenderá também aos créditos destinados ao Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).
Também foi aprovada a medida que permite ao governo priorizar recursos de emendas parlamentares para cidades em calamidade pública ou emergência de saúde. Essas emendas, chamadas “emendas PIX”, são enviadas diretamente para as prefeituras, sem necessidade de convênios.
As emendas destinadas à emergência climática no estado já somam R$ 1,3 bilhão. Padilha explicou os gastos até o momento com o estado e a previsão para os próximos dias, sendo R$ 542 milhões já pagos e outros R$ 246 milhões que serão pagos até o final desta semana. Além disso, há R$ 480 milhões de transferências especiais e R$ 150 milhões de emendas de comissão, sendo R$ 88 milhões pagos até esta sexta-feira (10)