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R7 Brasília

Pai de Mauro Cid presta novo depoimento à Polícia Federal nesta terça-feira

O general é suspeito de vender joias e presentes oficiais recebidos pelo ex-presidente Jair Bolsonaro

Brasília|Natália Martins, da RECORD, e Carlos Eduardo Bafutto, do R7

Mauro Cesar Lourena Cid é um dos alvos da PF
Mauro Cesar Lourena Cid é um dos alvos da PF Reprodução/Alesp

O general Mauro Cesar Lourena Cid, pai do tenente-coronel Mauro Cesar Barbosa Cid, prestará novo depoimento à Polícia Federal a partir das 14h desta terça-feira (26). 

Fontes ligadas à defesa do tenente-coronel informaram à RECORD que o depoimento está agendado desde 11 de março.

Em agosto de 2023, a Polícia Federal cumpriu quatro mandados de busca e apreensão em uma operação de combate a crimes de peculato e lavagem de dinheiro ligados ao caso das joias recebidas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O general foi um dos alvos da operação.

Pai e filho são suspeitos de vender joias e presentes oficiais recebidos pelo ex-presidente. De acordo com a PF, eles teriam utilizado "a estrutura do Estado brasileiro para desviar bens de alto valor patrimonial, entregues em missões oficiais por autoridades estrangeiras a representantes do Estado, por meio da venda desses itens no exterior".


A Polícia Federal identificou o rosto do general no reflexo de uma foto utilizada para negociar, nos Estados Unidos, esculturas recebidas como presente oficial. A imagem foi anexada ao documento de decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal). 

Tenente-coronel Mauro Cid preso após depoimento ao STF

Na sexta-feira (22), o tenente-coronel Mauro Cid foi ouvido pelo STF (Supremo Tribunal Federal) sobre o áudio vazado em que ele fez críticas ao ministro Alexandre de Moraes e alegou ter sido coagido pelos investigadores da PF. O tenente-coronel voltou a ser preso após o depoimento e, desde então, os benefícios da delação estão sob análise e podem ser rescindidos. O depoimento ao STF durou cerca de meia hora e o tenente-coronel chegou a desmaiar durante a oitiva.


A Polícia Federal já sabe para quem Mauro Cid enviou os áudios em que criticou a conduta da corporação e do ministro Alexandre de Moraes no acordo de delação premiada. A informação foi confirmada nesta segunda-feira (25) à RECORD, no entanto, a identidade do interlocutor permanece em sigilo.

O STF justificou o novo mandado de prisão por descumprimento das medidas cautelares e obstrução à Justiça. A defesa do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, divulgou uma nota na quinta-feira (21) negando que o millitar questione as investigações da Polícia Federal sobre ele. O comunicado diz que Cid passa por um momento de angústia pessoal devido às apurações da corporação.

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