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R7 Brasília

‘Pedido absurdo’, diz Ibaneis sobre reivindicações de médicos em greve há 11 dias no DF

Governador diz que pedidos da categoria chegam a R$ 600 milhões e que GDF não tem orçamento; sindicato alega ‘grave crise’ na saúde

Brasília|Edis Henrique Peres, do R7, em Brasília e Kristine Otaviano, RECORD, em Brasília


Ibaneis Rocha disse que não tem orçamento para atender médicos Renato Alves/ Agência Brasília -

O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, disse nesta sexta-feira (13) que os pedidos dos médicos em greve há 11 dias na capital do país são absurdas e que o governo não tem condição de atendê-las. O posicionamento foi dado pelo governador à imprensa em agenda oficial durante incorporação de praças em curso da PMDF (Polícia Militar do Distrito Federal). Ibaneis acrescentou que as reivindicações da categoria ultrapassam os R$ 600 milhões em gastos aos cofres públicos e que governo não tem orçamento.

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“A discussão com os médicos está sendo travada pelo secretário Ney [Ferraz, da Secretaria de Economia], mas ela tem muita dificuldade de avançar porque nos pedidos dos médicos ultrapassam os R$ 600 milhões. E não existem no orçamento do Distrito Federal esses recursos. Vamos ter que nos esforçar, como estamos nos esforçando”, disse.

Ibaneis acrescentou que o governo concedeu melhorias recentes aos servidores. “Já demos um reajuste de 18% [a servidores], contratamos diversos policiais, concedemos um plano de saúde que é um dos mais baratos do país e a gente vem atendendo todas as reivindicações dos funcionários públicos do Distrito Federal. Mas, de vez em quando, chegam pedidos que são absurdos, são fora do comum e que o governo não tem condição de atender”, afirmou Ibaneis.

A greve dos médicos começou na última terça-feira (3) e completa 11 dias nesta sexta-feira. Segundo o sindicato, ainda não houve contraproposta do governo desde o começo das paralisações. As principais reivindicações da categoria são melhorias nas condições de trabalho, recomposição do quadro de médicos na Secretaria de Saúde e recomposição salarial. A greve não atinge os serviços de emergência, como prontos-socorros, UTIs (unidades de terapia intensiva), enfermarias e SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), que continuam “funcionando plenamente”, de acordo com o sindicato.


Em resposta as declarações desta sexta-feira do governador, o Sindicato informou que houve uma reunião com o secretário Ney Ferraz, mas “não houve e não há, até o presente momento, uma resposta”. “O que buscamos é diálogo e valorização, não somente para a categoria, mas para a melhoria do sistema de saúde como um todo. Afinal de contas, do jeito que está não há condições de continuar”, afirma a entidade.

O SindMédico acrescentou que estão “dispostos a negociar”, mas reivindicam participação do governador para “ouvir e agir”.

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