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R7 Brasília

Polícia Federal diz que ‘grupos especiais’ investigam incêndios florestais

PF tem 5.589 inquéritos policiais sobre temáticas ambientais, sendo 32 relacionados a incêndios na Amazônia, no Pantanal e em SP

Brasília|Gabriela Coelho e Beatriz Oliveira*, do R7, em Brasília


Incêndios têm tomado conta de várias regiões do país Marcelo Camargo/Agência Brasil - 24.08.2024

A Polícia Federal informou, nesta terça-feira (27), que tem aumentado os esforços no combate a crimes ambientais, especialmente no que diz respeito aos incêndios florestais que têm devastado biomas, como a Amazônia e o Pantanal, e outras regiões do país. Para ampliar as investigações, foram criados grupos especiais de investigação que se dedicam exclusivamente aos inquéritos nos estados mais afetados.

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Atualmente, a PF tem 5.589 inquéritos policiais sobre temáticas ambientais, sendo 32 destes diretamente relacionados a incêndios na Amazônia, no Pantanal e no estado de São Paulo iniciados entre os anos de 2023 e 2024.

Para reforçar as operações, a corporação trabalha em conjunto com o governo federal, os governos estaduais e órgãos de segurança pública. Segundo a PF, serão enviados peritos especializados aos locais afetados por queimadas. Além disso, será feito o uso de tecnologia, como imagens de satélite, para monitorar áreas incendiadas e identificar as causas.

Também foram criados grupos de investigação específicos para estados mais afetados pelo fogo e fumaça, incluindo os locais em que o tráfego de voos e o funcionamento do aeroporto foi alterado. A PF informou que a Diretoria Amazônia e Meio Ambiente, criada para auxiliar os federais no combate a crimes ambientais, é responsável por investigar as recentes queimadas.


O grupo de perícia vem se especializando no campo ambiental para auxiliar na identificação da origem dos incêndios. Segundo o órgão, a equipe coleta dados para calcular os serviços ecossistêmicos que deixam de ser prestados ao meio ambiente devido à devastação, além de avaliar os danos e os custos necessários para recuperar a vegetação devastada.

Como parte da ação, a PF participa do projeto de reforço da segurança pública na Amazônia Legal. A pasta criou o Centro de Cooperação Policial Internacional da Amazônia, que reúne órgãos de segurança dos estados que fazem parte área do bioma. O objetivo do centro é manter uma cooperação internacional para criar estratégias de combate ao desmatamento ilegal.


“A PF está empenhada em identificar não apenas os autores materiais, mas também os possíveis mandantes, buscando correlacionar esses crimes ambientais a outros delitos conexos, para que todos os envolvidos respondam por todos os crimes praticados, garantindo assim a devida responsabilização”, disse a corporação.

Mobilização

Nesta terça, o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Flávio Dino mandou que os ministros da Defesa, da Justiça e Segurança Pública e do Meio Ambiente mobilizem, em no máximo 15 dias, todo o contingente tecnicamente cabível para atuação preventiva e repressiva aos incêndios no Pantanal e na Amazônia. O esquema envolve Forças Armadas, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Força Nacional (incluindo Bombeiros Militares) e Fiscalização Ambiental.


O ministro ainda sugeriu que os órgãos possam propor ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, se for necessário, a abertura de créditos extraordinários para fazer face ao custeio das ações emergenciais.

“Não se ignoram os atuais esforços empreendidos por agentes públicos. Contudo, é fora de dúvida que é urgente intensificá-los, com a força máxima disponível, à vista da estatura constitucional do Pantanal e da Amazônia”, disse o ministro.

*Sob supervisão de Augusto Fernandes

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