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PF investiga grupo que desviava encomendas para embolsar seguro

Envios pelos Correios às vezes eram pedaços de madeira, assegurados em R$ 10 mil; operação ocorre no DF, Pará e Goiás 

Brasília|Renato Souza e Jéssica Moura, do R7, em Brasília

Carro da PF durante ação contra estelionato
Carro da PF durante ação contra estelionato Carro da PF durante ação contra estelionato

A Polícia Federal realiza na manhã desta terça-feira (8) uma operação contra um grupo criminoso que desviava e fraudava remessas de encomendas pelos Correios para receber o seguro contratado no ato do envio. A ação ocorre no Distrito Federal, Pará e Goiás.

A ação recebeu o nome de Operação Bumerangue, que cumpre seis mandados de busca e apreensão em endereços ligados aos envolvidos. Segundo a PF, funcionários dos Correios também participavam do esquema criminoso.

O esquema consistia em enviar pelos Correios objetos protegidos por seguro, no valor de cerca de R$ 10 mil. As encomendas tinham como destino diversas cidades no Pará. Empregados da empresa extraviavam os pacotes propositalmente. Com isso, os criminosos reclamavam que os produtos não tinham sido entregues e pediam o pagamento do valor do seguro. A apuração aponta que o grupo agia há pelo menos um ano.

Os investigadores identificaram que os criminosos sequer mandavam a mercadoria em muitas ocasiões, colocando até mesmo pedaços de madeira para simular que fossem celulares, por exemplo. Os suspeitos responderão pelos crimes de estelionato, associação criminosa e lavagem de dinheiro, cujas penas somadas podem atingir 19 anos de prisão.

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A PF afirma que a investigação contou com o apoio dos Correios, que ajudou a identificar os envolvidos e elaborou métodos para evitar esse tipo de prática no futuro.

Os Correios anunciaram que a operação é resultado de informações fornecidas pela estatal e que a instituição continua atuando em apoio com as autoridades. A empresa declarou que mantém estreita parceria com os órgãos de segurança pública para prevenir a ocorrência de delitos nos serviços postais.

A instituição classificou como “inaceitável a conduta de colaboradores ou prestadores de serviços, totalmente dissociada dos padrões e valores defendidos pela empresa”. Os Correios informaram que a instituição já adotou as medidas disciplinares que o caso requer.

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