Polícia Civil prende três suspeitos na Operação Purple Drink
A organização criminosa desviava receitas médicas para aquisição de medicamentos de uso controlado e confecção da bebida a base de codeína
Brasília|Do R7, em Brasília
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) deflagrou, na noite desta terça-feira (31), uma o peração com objetivo de pôr fim a uma organização criminosa que desviava receitas médicas para aquisição de medicamentos de uso controlado. Os medicamentos eram usados na produção de uma bebida conhecida como purple drink. A investigação chegou ao número de 88 frascos de codeína adquiridos pelo grupo em apenas nos últimos seis meses.
Os suspeitos comercializavam as substâncias online, além de rede social. Duas pessoas foram presas, na Ceilândia Norte. Um terceiro membro deste grupo foi detido em abordagem de rotina realizada pela Polícia goiana. Todos irão responder pelos crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais, além de falsificação de documento.
Também chamado de lean, a bebida é uma mistura entre xarope para tosse, medicamentos a base de codeína e refrigerantes. O aspecto brilhante de cor roxa e o sabor adocicado da bebida tem encontrado cada vez mais adeptos entre os jovens. A codeína é um analgésico utilizado para dor aguda e crônica. O referido fármaco tem metabolização hepática, onde se transforma em morfina, gerando seus efeitos.
Os suspeitos comercializavam as substâncias pela internet. Duas pessoas foram presas, em Ceilândia. Um terceiro foi detido em pela polícia em Goiás. Todos vão responder pelos crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais e falsificação de documento.
Segundo a Polícia Civil, após desviarem diversas receitas médicas, o grupo falsificava carimbos médicos e passava a prescrever medicamentos de uso controlado. As medicações eram adquiridas logo depois. A polícia informou que os perfis em rede social dos envolvidos, demonstravam que todos levavam uma vida de alto padrão e não tinham receio de se expor.
“Os suspeitos publicavam vídeos e fotos com grandes quantias de dinheiro, realizando diversas viagens e em várias deles filmavam os fármacos que eram comercializados, bem como drogas diversas que também eram vendidas pelo grupo. Em postagens nas mídias sociais, o grupo gabava-se, inclusive, de ter acabado com o estoque de codeína de uma farmácia desta capital”, disse em nota.