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R7 Brasília

Polícia do DF bloqueia R$ 500 mil de grupo especializado em golpes bancários

Quatro mandados de busca e apreensão foram realizados em São Paulo na manhã desta quinta-feira

Brasília|Edis Henrique Peres, do R7, em Brasília

Grupo ligava de São Paulo para todo o país PCDF/Divulgação -

A Polícia Civil do Distrito Federal cumpre na manhã desta quinta-feira (21) quatro mandados de busca e apreensão e o bloqueio de R$ 500 mil de contas bancárias de um grupo especializado em aplicar golpes cibernéticos.

Os mandados são cumpridos em São Paulo, cidade de onde os criminosos realizavam ligações para todo o Brasil se passando pela central de segurança de bancos.

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Os envolvidos enganavam as vítimas e as induziam a acessar sites clonados que possuíam o mesmo layout das páginas oficiais dos bancos. No site, as vítimas faziam download de um suposto antivírus que na verdade era um malware chamado GhostRat. O malware permitia o acesso remoto dos criminosos aos celulares das vítimas, permitindo acesso constante aos aplicativos bancários e a todo o conteúdo do aparelho, inclusive documentos, conversas, fotos e vídeos.

Com o controle do celular da vítima, o grupo passava a efetivar saques e transações financeiras. No DF, foram registradas pelo menos 12 ocorrências de vítimas do mesmo grupo. O prejuízo total das vítimas chega a R$ 500 mil.


A polícia apreendeu computadores e celulares de criminosos, e o objetivo é identificar outros membros envolvidos nos golpes. Os criminosos foram indiciados por fraude eletrônica, associação criminosa e lavagem de dinheiro.

Crescimento das fraudes

Segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2023, 208 fraudes são cometidas a cada hora no Brasil. No total, no ano passado, foram 1.819.409 estelionatos, um aumento de 326,3% desde 2018.

Delegado-chefe da 9ª DP (Delegacia de Polícia), Erick Sallum, alerta a população: “Recebemos todos os dias dezenas de comunicações de golpes eletrônicos. A população deve redobrar a atenção com contatos via aplicativos de mensageria, bem como ligações, uma vez que os criminosos conseguem inclusive clonar as binas dos telefones”, reforçou.

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