Os policiais do Senado Federal afirmaram que impediram a ação dos extremistas sem equipamentos básicos de segurança no dia dos atos de vandalismo em 8 de janeiro e que não há material suficiente para atual em situações similares.
O R7 teve acesso a uma conversa entre os policiais. Em determinado trecho, um deles escreve: "Nos últimos anos, conseguimos alguns equipamentos de Controle de Distúrbio Civil, mas não todos (...) não temos as máscaras de gás e alguns equipamentos de dispersão."
Invasão em Brasília
Ainda na conversa, um policial lembra que nas manifestações de 2013 a polícia não tinha equipamento algum de CDC - Controle de Distúrbio Civil, sequer capacete ou escudo.
Desprotegidos
Cerca de 60 policiais fizeram a segurança no dia da invasão. Nos vídeos divulgados pelo Senado é possível ver os policiais usando apenas escudo e máscara de acrílico e spray, de pimenta ou gás lacrimogêneo, no dia dos ataques. Assista:
No pico do conflito, no momento em que os vândalos querem avançar do Salão Verde (Câmara dos Deputados) para o Salão Azul (Senado Federal), os policiais são atingidos por jatos de água jogada pelos extremistas, como mostra o vídeo.
Depois de mais de 30 minutos de trabalho de contenção - a partir dos 40 segundos do vídeo -, os policiais começam a ceder. Nas imagens, um dos policiais grita "sustenta, sustenta, vai passar", após o efeito do gás usado pelos extremistas e pelos próprios policiais. Logo os seguranças começam a tossir e recuar.
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A Polícia Legislativa do Senado Federal prendeu 37 pessoas em flagrante durante a invasão. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou que os militares cuidaram muito bem da contenção. "Os danos existem, mas poderiam ser piores, felizmente não houve lesões graves aos nossos policiais", declarou.
Na manhã de segunda-feira (9 de janeiro), policiais militares desmontaram o acampamento de manifestantes extremistas em frente ao QG do Exército, em Brasília. A ação aconteceu após o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes ter determinado a desocupação do local durante a madrugada
O R7 entrou em contato com a Direção da Polícia Legislativa do Senado, mas não tivemos retorno até a publicação desta matéria.