Logo R7.com
Logo do PlayPlus
R7 Brasília

Presidência do Brasil no Mercosul termina nesta quinta, e Paraguai assume o comando do bloco

Processo de entrada da Bolívia será oficialmente concluído durante a cúpula de chefes de Estado, no Rio de Janeiro, nesta quinta-feira

Brasília|Ana Isabel Mansur, do R7, em Brasília

Cúpula ocorre no Museu do Amanhã, no Rio
Cúpula ocorre no Museu do Amanhã, no Rio

O período do Brasil no comando do Mercosul acaba nesta quinta-feira (7), com a cúpula de chefes de Estado do grupo e Estados associados, no Rio de Janeiro. O país ocupou a presidência temporária durante o segundo semestre de 2023. O evento vai contar com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O bloco econômico é formado também por Argentina, Uruguai e Paraguai, que vai assumir a liderança do grupo durante a cerimônia.

O processo de entrada da Bolívia no Mercosul será oficialmente concluído durante o evento desta quinta (7), com a ratificação e promulgação do protocolo. O Senado brasileiro aprovou a adesão do país no mês passado. O Congresso Nacional foi o último Legislativo das nações que integram o bloco econômico a concordar com a inclusão do vizinho.

Clique aqui e receba as notícias do R7 no seu WhatsApp

Compartilhe esta notícia pelo WhatsApp


Compartilhe esta notícia pelo Telegram

Assine a newsletter R7 em Ponto


A partir da promulgação do documento, caberá à própria Bolívia planejar o cronograma de internalização de normas e regulamentos do Mercosul para a entrada efetiva no mercado.

Se fosse um país, o Mercosul seria a 8ª economia do mundo, com Produto Interno Bruto (PIB) de US$ 2,86 trilhões, cerca de R$ 14,3 trilhões. O bloco é o principal destino de investimentos estrangeiros na América do Sul — em 2022, recebeu 64% do que foi destinado à região. 


Cingapura

Na cúpula, também será assinado um acordo de livre-comércio com Cingapura, a primeira parceria do grupo com um país asiático desde 1991, ano em que o Mercosul foi criado. O entendimento com o país asiático será também o primeiro extrarregional em 12 anos.

A negociação entre o Mercosul e Cingapura começou em julho de 2018. Desde que foi criado, o bloco fechou três acordos com países de fora da região sul-americana: Israel (2007), Egito (2010) e Palestina (2011).

Segundo o Ministério das Relações Exteriores, o Mercosul fechou acordos de preferência com a Índia e países do sul da África que formam a União Aduaneira da África Austral (África do Sul, Lesoto, Namíbia, Suazilândia e Botswana).

O tratado com Cingapura pretende ampliar os fluxos comerciais, dar maior previsibilidade a disciplinas modernas e melhorar as condições para os investimentos. O intercâmbio comercial entre as partes atingiu cerca de US$ 7 bilhões em 2021, segundo os dados do Mercosul.

União Europeia

Paralelamente à resolução das pendências e ao êxito da discussão do acordo com Cingapura, havia a expectativa de que também fosse anunciado durante a cúpula no Rio de Janeiro o tratado com a União Europeia, em discussão há mais de 20 anos. No entanto, a parceria não deve ser assinada nesta quinta (7), segundo informaram fontes do Itamaraty ao R7.

Venezuela

Ao assumir a presidência do Mercosul, em 4 de julho, Lula levantou a hipótese de discutir a reinclusão da Venezuela no bloco. O país, que integra o grupo desde 2012, está suspenso do exercício de membro desde 2016, devido ao regime ditatorial de Nicolás Maduro.

"O que não pode é a gente isolar e a gente levar em conta que os defeitos estão em apenas um lado; os defeitos são múltiplos. Eu acho que nós temos que conversar com todas as pessoas e tentar não deixar ninguém para fora", afirmou Lula na ocasião.

Depois do comentário, os presidentes do Paraguai, Mario Abdo Benítez, e do Uruguai, Luis Lacalle Pou, criticaram Nicolás Maduro e denunciaram a falta de um regime democrático no país. Os líderes também reclamaram da recente decisão da Controladoria-Geral da Venezuela, que deixou inelegíveis diversos políticos de oposição, incluindo alguns que poderiam disputar a eleição presidencial deste ano.

Em resposta às falas dos dirigentes do Paraguai e Uruguai, o presidente da Argentina, Alberto Fernández, cobrou que Benítez e Lacalle Pou estabeleçam um canal de diálogo com a Venezuela para tentar ajudar o país.

"Os problemas da Venezuela pertencem aos venezuelanos. O diálogo pertence a eles. Não compete aos países ficarem se intrometendo nas questões internas de outros países. A melhor forma de fazer isso é recuperando o diálogo entre os venezuelanos. Eles sofrem muito por conta das sanções recebidas, e o que queremos não é continuar prejudicando o povo da Venezuela", pediu o argentino.

Últimas


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.