Presidente da CPMI do INSS diz que bate-boca com advogado foi ‘pontual’ e rebate OAB
Após pedido de retratação, senador Carlos Viana disse que ‘prerrogativas não se confundem com imunidade’
Brasília|Lis Cappi, do R7, em Brasília
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O presidente da CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), senador Carlos Viana (Podemos-MG), afirmou nesta sexta-feira (26) que a confusão no colegiado envolvendo o advogado de Antônio Carlos Camilo Antunes, o ”Careca do INSS”, foi um “episódio pontual”.
A declaração foi direcionada a Cleber Lopes, que protagonizou um bate-boca com parlamentares na última sessão da comissão.
Durante o depoimento de Antunes, o advogado discutiu com o deputado Zé Trovão (PL-SC), que falou para Lopes se colocar “no seu lugar”. Na confusão, Zé Trovão se levantou e foi em direção ao advogado. O deputado precisou ser contido por outros parlamentares.
Após o episódio, a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) manifestou apoio ao advogado do “Careca do INSS” e criticou o tratamento dado a ele pelos membros da CPMI. O presidente da OAB, Beto Simonetti, cobrou respeito às prerrogativas da advocacia.
Viana, no entanto, disse que “o episódio citado foi pontual, fruto de tensão natural em uma investigação dessa magnitude, e cada parlamentar responde pessoalmente por suas manifestações”.
Segundo o presidente do colegiado, “não é correto reduzir longas horas de trabalho sério, pautado em documentos e provas, a um instante isolado de exaltação”.
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Além disso, Viana destacou prerrogativas não devem ser confundidas com imunidade.
“Respeitamos integralmente as prerrogativas da advocacia, cláusula pétrea da Constituição de 1988, mas é dever ressaltar: prerrogativas não se confundem com imunidade absoluta, tampouco podem servir de cortina para impedir a investigação de fatos graves”, afirmou o presidente da CPMI.
Bate-boca com advogado
As discussões iniciaram após o relator da CPMI, deputado Alfredo Gaspar (União-AL), se dirigir ao “Careca do INSS” como “autor do maior roubo da história”.
“Hoje é um dia histórico para essa comissão. Estamos diante daquele que praticou o maior roubo contra aposentados e pensionistas do Brasil”, afirmou Gaspar no início da sessão.
O deputado também se referiu à defesa do depoente como um “advogado pago com dinheiro roubado do povo brasileiro”.
Cleber Lopes tentou responder, no microfone da comissão, e ameaçou o encerramento do depoimento de Antunes.
As falas provocaram reação de outros parlamentares, entre eles Zé Trovão. Lopes e o deputado discutiram aos gritos e apontaram o dedo um ao outro. A sessão precisou ser interrompida momentaneamente devido à confusão.
Perguntas e Respostas
Qual foi a declaração do presidente da CPMI do INSS sobre o bate-boca com o advogado?
O presidente da CPMI do INSS, senador Carlos Viana, afirmou que a confusão envolvendo o advogado de António Carlos Camilo Antunes foi um “episódio pontual”.
O que aconteceu durante a sessão da CPMI que gerou a confusão?
Durante o depoimento de Antunes, o advogado Cleber Lopes discutiu com o deputado Zé Trovão, que pediu para Lopes se colocar “no seu lugar”. A situação se intensificou, levando Zé Trovão a se levantar e ir em direção ao advogado, sendo contido por outros parlamentares.
Como a OAB reagiu ao incidente?
A OAB manifestou apoio ao advogado de Antunes e criticou o tratamento que ele recebeu dos membros da CPMI. O presidente da OAB, Beto Simonetti, pediu respeito às prerrogativas da advocacia.
Qual foi a posição de Carlos Viana sobre as prerrogativas da advocacia?
Viana destacou que as prerrogativas não devem ser confundidas com imunidade e que é importante ressaltar que prerrogativas não servem como uma barreira para impedir a investigação de fatos graves.
O que motivou as discussões durante a sessão?
As discussões começaram quando o relator da CPMI, deputado Alfredo Gaspar, se referiu a Antunes como “autor do maior roubo da história” e criticou a defesa do depoente, chamando o advogado de “pago com dinheiro roubado do povo brasileiro”.
Como foi a reação dos parlamentares durante a confusão?
A situação provocou reações acaloradas entre os parlamentares, incluindo gritos e acusações entre Cleber Lopes e Zé Trovão, levando à interrupção momentânea da sessão devido à confusão.
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