Primeiro preso no caso da morte de dez pessoas da mesma família é apontado como mentor do crime
Segundo Horácio Carlos, outro suspeito de envolvimento no caso, Gideon Batista teve ligação direta com as mortes
Brasília|Do R7, em Brasília
Primeiro preso por suspeita de envolvimento na chacina de uma família no Distrito Federal, Gideon Batista é apontado como principal mentor do crime pela polícia. Até esta quinta-feira (26), o caso, que resultou na morte de dez pessoas, teve cinco suspeitos presos. A Polícia Civil convocou a imprensa para dar, na manhã desta sexta-feira (27), detalhes sobre o desfecho das investigações.
Em um novo depoimento, o segundo suspeito preso, Horácio Carlos, disse que Gideon teria ligação direta com as mortes. Inicialmente, ele ainda apontou o marido e o sogro da cabeleireira Elizamar da Silva como mandantes do crime. Depois da identificação do corpo de Marcos Antônio (sogro), a polícia abandonou essa linha de investigação.
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De acordo com o advogado da família de Elizamar, a principal motivação do crime seria uma briga por terras entre os suspeitos de envolvimento no crime e Marcos Antônio. A Polícia Civil afirma que essa possibilidade não é descartada, mas que também pode ter sido por dinheiro.
Motivação
Na última terça-feira (24), R$ 54 mil foram identificados nas contas de Gideon Batista e Horácio Carlos. Segundo o delegado responsável pelo caso, Ricardo Viana, o dinheiro encontrado nas contas dos suspeitos é referente a uma casa que Cláudia Regina, ex-esposa de Marcos Antônio, havia vendido em dezembro do ano passado.
Na conta de Horácio foram encontrados R$ 40 mil, e com Gideon Batista, R$ 10 mil. Cerca de R$ 4.000 também foram identificados na conta da namorada de Gideon, que não teve a identidade revelada. As transferências para as contas dos suspeitos aconteceram após provável extorsão da vítima.
Suspeitos presos
Nesta quinta-feira (26), a advogada de Carlomam dos Santos e Carlos Henrique Alves, outros dois presos, negou que eles tenham participado do assassinato.
À Record TV, a defesa afirmou que Carlos Henrique, preso nesta quinta-feira (26), não sabia da existência do cativeiro e que seu envolvimento foi em um assalto para obter o celular de Thiago Gabriel, marido de Elizamar da Silva.
No caso de Carlomam, a advogada afirmou que ele participou do sequestro de Thiago e que “não teve participação com as mortes”.