Professores e governo avançam em negociação pelo fim da greve
Sindicato apresentou dez pautas importantes e quer apresentar nova proposta em assembleia na próxima semana
Brasília|Larissa Batista, da Record TV, e Rafaela Soares, do R7, em Brasília
O Sindicato dos Professores do Distrito Federal (Sinpro-DF) se reuniu com representantes do GDF, na Casa Civil, nesta quarta-feira (10), para discutir as demandas da categoria e o fim da greve. Na reunião com as secretarias de Planejamento e de Educação, além da Casa Civil, o sindicato apresentou dez pautas.
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Ao comentar o encontro entre os sindicalistas e representantes do GDF, o governador Ibaneis Rocha (MDB) afirmou que a população está sofrendo. "O que a gente aguarda é exatamente que volte o diálogo, que a gente volte a trabalhar para que as nossas crianças sejam atendidas", afirmou.
Em entrevista à Record TV, a diretora do Sinpro Luciana Custódia afirmou que a volta da negociação com a categoria é essencial para encontar saída para o impasse. "Reafirmamos pontos importantes da pauta de restuturação de carreira", disse ela.
A secretária de Educação, Hélvia Paranaguá, considerou o encontro positivo. No entanto, segundo ela, o secretário de Planejamento, Ney Ferraz, responsável pelo orçamento do governo, apresentou as dificuldades financeiras para qualquer aumento para a categoria.
A greve
Os professores da rede pública do Distrito Federal iniciaram a greve em 4 de maio, reivindicando reestruturação de carreira e recomposição salarial. No domingo (7), o desembargador Roberto Freitas Filho, do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT), declarou a greve ilegal. A decisão determina o imediato retorno dos profissionais ao trabalho, sob pena de multa diária por descumprimento de R$ 300 mil.
Segundo a diretora Luciana Custódia, o sindicato já entrou com um recurso porque seguiram "todos os procedimentos viáveis de notificação". "Nós formalizamos todo um histórico que antecedeu a declaração da greve", explica.
Em entrevista ao Balanço Geral DF, a secretária de Educação, Hélvia Paranaguá, afirmou que a pasta foi supreendida com a greve, pois um grupo de trabalho estava atuando para evitar a paralização dos profissionais. "A categoria achou que devia ter mais um aumento, além dos 18% que foram dados para todos os servidores do GDF", disse. A secretária se refere ao projeto sancionado pelo governador que aumenta em 18% o salário de servidores públicos efetivos, aposentados e pensionistas do DF.