Uma pesquisa de opinião realizada pelo Sesi e pelo Senai mostra que só 15% dos brasileiros com mais de 16 anos afirmam estar matriculados em alguma instituição de ensino. O estudo ouviu 2.000 pessoas com mais de 16 anos de todos os estados do país. Para 18% dos jovens de 16 a 24 anos, a razão para deixarem de estudar é a gravidez ou nascimento de uma criança. A evasão escolar por gravidez ou filho é maior também entre mulheres (13%), moradores do Nordeste (14%) e das capitais (14%) — o dobro da média nacional, de 7%.VEJA MAIS: 'Foi para a rua e abandonou os estudos', diz mãe de menor viciada em K9 que está na Fundação Casa Entre os que não estudam atualmente, apenas 38% alcançaram a escolaridade que desejavam e 57% não tiveram condições de continuar os estudos por diferentes motivos, sendo o principal deles precisar trabalhar para manter a família (47%). · Só 15% dos brasileiros com mais de 16 anos afirmam que estudam atualmente (ensino fundamental, ensino médio, técnico, superior ou pós-graduação) · A necessidade de trabalhar é o principal motivo (47%) para a interrupção dos estudos · Entre os jovens de 16 a 24 anos, 18% interromperam os estudos por gravidez ou por filho · Entre as etapas de formação, a alfabetização aparece em primeiro lugar (23%) na lista do que deve ser prioridade para o governo, seguida por creches (16%) e ensino médio (15%) · A alfabetização tem a pior avaliação de qualidade e o ensino técnico é o mais bem avaliado · A educação pública é vista como boa ou ótima por 30% da população, índice que sobe para 50% para a educação privada Cerca de 1 em cada 10 alunos é reprovado (4,7%) ou abandona (4,2%) a escola no primeiro ano do ensino médio. O índice de reprovação cai para 3% no terceiro ano, mas o de abandono sobe para 4,7%, segundo dados do Censo Escolar 2021.•Compartilhe esta notícia no WhatsApp• Compartilhe esta notícia no Telegram · Índice de quem está estudando é maior no Nordeste (18%) e menor no Sul (10%) · Taxa é maior na capital (17%) e menor em região metropolitana (9%) · Entre os que estudam, só 16% estão no ensino a distância. O EaD está mais presente no Sul (24%) que no Nordeste (13%) A alfabetização aparece em primeiro lugar na lista das etapas que devem ser prioridade para o governo, apontada por quase um quarto (23%) dos brasileiros, segundo a pesquisa.As creches aparecem em segundo lugar nas prioridades, com 16%; o ensino médio em terceiro, com 15%; e o ensino superior somente em sexto, com 6%. As entrevistas, realizadas pelo Instituto FSB Pesquisa, ocorreram em dezembro. No geral, 23% avaliam a educação pública como ruim ou péssima e só 30% a avaliam como ótima ou boa. Já a educação privada é avaliada como boa ou ótima por 50% dos entrevistados.VEJA MAIS: 'Trabalhei em escola pública e já vi muita criança abandonada', diz Andréa Neves