PSOL vai pedir cassação de Chiquinho Brazão por suposto envolvimento na morte de Marielle
Também são apurados os crimes de organização criminosa e obstrução de justiça e a sigla avalia entrar com ação no TCE
Brasília|Gabriela Coelho, do R7, em Brasília
A bancada do PSOL na Câmara vai entrar com uma representação contra o deputado federal Chiquinho Brazão (União Brasil-RJ), que foi preso pela Polícia Federal na manhã deste domingo (24) junto com seu irmão, o conselheiro do TCE (Tribunal de Contas do Estado) do Rio de Janeiro, Domingos Brazão, e o delegado Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil no Rio de Janeiro.
Os três são suspeitos de mandar assassinar a vereadora Marielle Franco (PSOL) e o motorista Anderson Gomes, de acordo com a investigação. Também são apurados os crimes de organização criminosa e obstrução de justiça. A sigla também avalia entrar com ação no Tribunal de Contas do Rio.
João Francisco Inácio Brazão, conhecido como Chiquinho, é deputado federal do União Brasil pelo Rio de Janeiro. Assim como Marielle, ele era vereador do município quando o assassinato ocorreu. O envolvimento do parlamentar fez com que as investigações fossem ao STF, já que Chiquinho tem foro privilegiado. A relatoria do processo foi distribuída por sorteio ao ministro Alexandre de Moraes, da Primeira Turma, por se tratar de uma ação criminal.
Domingos Brazão é conselheiro do TCE-RJ. Autor dos disparos que mataram Marielle e Anderson, o ex-policial militar Ronnie Lessa afirmou aos investigadores, em delação premiada, que Domingos teria encomendado o crime.
Lessa teria afirmado que o crime seria uma vingança contra o ex-deputado estadual Marcelo Freixo e a ex-assessora dele, Marielle Franco. Os três, segundo os investigadores, travavam disputas na área política do estado.