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Queda de torres de energia é 'vandalismo' e coisa de 'aloprados'; diz Lula

Presidente da República disse que governo vai investigar casos registrados nesta quarta-feira (11) em Itaipu e Rondônia

Brasília|Plínio Aguiar, do R7, em Brasília

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante reunião com autoridades no Palácio do Planalto
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante reunião com autoridades no Palácio do Planalto O presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante reunião com autoridades no Palácio do Planalto

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, nesta quarta-feira (11), que o governo vai investigar as quedas de torres de energia elétrica pelo país. Até o momento, há o registro da ação em Itaipu e em Rondônia. Segundo o petista, a medida é 'vandalismo' e é provocada por 'bandidos'. 

"Atos de vandalismo, de bandido. Propositalmente alguém cortou os cabos das torres", disse Lula. “Até não gostaria de pensar em golpe ou até não gostaria de pensar em uma coisa menor — um grupo de pessoas alopradas que ainda não entenderam que as eleições acabaram e que ainda não querem acreditar que a urna eletrônica é possivelmente o modelo eleitoral mais perfeito que a gente tem no mundo”.

O termo usado por Lula — aloprado — remonta ao processo aberto pela Justiça Federal contra nove petistas. No dia 15 de setembro de 2006, a apenas duas semanas do primeiro turno das eleições para presidência, integrantes do PT foram presos pela Polícia Federal em um hotel de São Paulo ao tentar comprar um dossiê contra o então candidato tucano ao governo de São Paulo, José Serra, que concorria com Aloizio Mercadante. Na época, Lula minimizou a importância do episódio, afirmando que aquilo era obra de "um bando de aloprados".

De acordo com o presidente, o caso desta semana vai ser apurado: "Nós vamos investigar, estamos tentando descobrir, e o que vocês [congressistas] estão fazendo com esse decreto [da intervenção federal no DF] é que tem que punir quem não quer respeitar a lei", completou.

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O Ministério de Minas e Energia (MME), a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) criaram um gabinete de crise para monitorar se a queda de três torres de energia tem relação com os atos de extremistas no domingo (8), na capital federal.

Em documento encaminhado às empresas do setor elétrico, a Aneel solicitou que, devido aos episódios de desordem e depreciação de órgãos públicos, seja feito um monitoramento dos ativos e instalações. Os boletins deverão ser encaminhados duas vezes ao dia, no início da manhã e no final da tarde, ao órgão regulador pelos próximos 15 dias.

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O Operador Nacional do Sistema Elétrico, por sua vez, informou que está adotando medidas tradicionalmente implementadas em eventos especiais como eleições, Copa do Mundo e Olimpíadas, depois do registro da queda de três torres de transmissão nos últimos dias em três locais.

As declarações foram feitas por Lula durante reunião com congressistas, no Palácio do Planalto.

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Intervenção no DF

Ainda na reunião, o presidente afirmou que qualquer gesto que contrarie a democracia será punido dentro daquilo que a lei permite. "Todo mundo terá direito de se defender, de provar a inocência, mas todo mundo será punido", afirmou Lula.

O encontro tinha como objetivo receber dos congressistas o decreto que ratificou a intervenção federal na área de segurança no Governo do Distrito Federal até o dia 31 de janeiro. O interventor escolhido por Lula foi Ricardo Cappelli, secretário-executivo do Ministério da Justiça.

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Na reunião, estiveram presentes Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara dos Deputados, Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB), presidente em exercício do Senado Federal, e outros congressistas, como Jean Paul Prates (PT-RN), indicado para a presidência da Petrobras.

"O gesto de vocês é garantir que a democracia continue sendo o sistema de funcionamento da política brasileira, continue sendo a respeitabilidade pelo direito dos outros", argumentou Lula.

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