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R7 Brasília

Rede social X publica decisão sigilosa de Alexandre de Moraes sobre bloqueio de contas

Senador Marcos do Val é um dos citados na decisão, classificada como “censura de contas populares” pela equipe do X

Brasília|Do R7


Conta do senador Marcos do Val está na lista de bloqueio enviada pela Justiça Marcos Oliveira/Agência Senado - 02.02.2023

A conta oficial da equipe de assuntos governamentais globais da rede social X, antigo Twitter, publicou uma decisão sigilosa do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), nesta terça-feira (13). “Esse ofício exige a censura de contas populares no Brasil, incluindo um pastor, um atual parlamentar e a esposa de um ex-parlamentar. Acreditamos que o povo brasileiro merece saber o que está sendo solicitado a nós”, diz o texto que acompanha a imagem do documento judicial. O R7 entrou em contato com o STF e aguarda manifestação sobre o assunto.

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A decisão é sobre o bloqueio de perfis na rede social solicitado pelo ministro Alexandre de Moraes, em agosto. Entre os perfis que deveriam ser bloqueados, está o do senador Marcos do Val (Podemos-ES). O documento foi assinado em 8 de agosto e dá prazo de duas horas para suspensão dos acessos e monetizações dos perfis mencionados. Em caso de descumprimento, as empresas estão sujeitas a multa diária de R$ 50 mil.

A página do senador na rede social segue ativa, assim como as demais mencionadas na decisão vazada pela equipe do X. Os outros citados são: Ednardo da Vila Mello Raposo, Claudio Rogasane da Luz, Josias Pereira Lima, Paola da Silva Daniel, Sandra Mara Volf Pedro Eustaquio, Mariana Volf Pedro Eustáquio, Sergio Fischer.

Ainda nesta semana, Do Val usou o perfil para direcionar críticas a Moraes e à atuação do STF. Ele também usou a conta para dizer que sofreu um bloqueio de R$ 50 milhões nas contas bancárias e que teria perdido o acesso a outras redes sociais, como Instagram, Facebook e Youtube. O parlamentar disse que a decisão do ministro é “inconstitucional”, afirmou que buscaria tribunais internacionais e que o ato configura “abuso de autoridade”.


“Essa decisão, revestida de uma pena antecipada de caráter perpétuo, é absolutamente desproporcional e inconstitucional. A imposição de uma dívida de 50 milhões de reais é não apenas impossível de ser quitada, mas também representa uma afronta à minha dignidade, não apenas como parlamentar, mas como ser humano. Nem em dez gerações seria possível pagar esse valor!”, escreveu na postagem que continua no ar até o momento de publicação deste texto.



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