Depois de três reuniões intermediadas pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), os rodoviários e as empresas de ônibus do Distrito Federal não chegaram a um acordo. E os próximos desdobramentos desse embate devem ser definidos no próximo domingo (19), em uma assembleia dos rodoviários. De acordo com a audiência de conciliação do dia 6, o prazo para um consenso entre as empresas e os rodoviários termina no domingo, de acordo com a carta de intenções definida no Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região.• Clique aqui e receba as notícias do R7 no seu WhatsApp • Compartilhe esta notícia pelo WhatsApp • Compartilhe esta notícia pelo Telegram • Assine a newsletter R7 em Ponto Os rodoviários pedem reajuste de salário acima da inflação, de 8%, e melhorias na cesta alimentação e no vale-refeição. No entanto, as empresas de ônibus ofertaram um reajuste de 5,33% nos salários, no plano de saúde e no plano odontológico, com de 8% de correção no vale-alimentação e de 10% na cesta básica. O MPT tentou chegar a um número intermediário entre os dois pedidos, mas não teve sucesso. Ainda assim, o procurador regional do Trabalho, Adélio Justino Lucas, acredita em "bom senso" das partes. "Foram quase 11 dias de negociação, diversas propostas colocadas na mesa. O clima é razoável, mas a questão são as pretensões [de cada parte]. Acredito que o bom senso vai imperar neste momento", afirmou. A dois dias do fim do prazo, Lucas não descarta a possibilidade de que empresas e rodoviários cheguem a um acordo. "No meu entendimento, haverá o acordo. É isso que a gente precisa que aconteça. Não é o momento de acirrar os ânimos." A opinião é compartilhada pelo secretário de Transporte e Mobilidade, Flávio Murilo. Ele participou das duas últimas reuniões e diz que ainda "tem muita conversa a ser feita" até domingo. "A gente ainda acha que vai ter um ponto de equilíbrio [entre rodoviários e empresas de transporte]", declarou. O presidente do Sindicato dos Rodoviários do DF (Sittrater), João Osório, diz que a categoria espera que se construa um acordo, mas ainda não descarta a possibilidade de uma nova greve na próxima segunda-feira (20). "Não queremos que tenha necessidade de mais greve, mas a greve é um instrumento dos trabalhadores", disse. Osório descarta por enquanto a possibilidade de o sindicato judicializar a ação e deixar a decisão do acordo nas mãos da Justiça do Trabalho. "No domingo teremos a assembleia da categoria, que vai definir muita coisa. No momento, ainda é uma incógnita o que vai acontecer", afirmou. No dia 6 de novembro, os rodoviários fizeram uma greve geral, e nenhum ônibus rodou na capital do país até as 19h. O movimento dos trabalhadores foi suspenso devido à intervenção do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) e ao pedido de retorno à mesa de negociações, dessa vez com a presença do Ministério Público do Trabalho.
