Atos da direita pelo Brasil neste domingo serão impulsionados por sanções a Moraes e tarifaço
Governadores aliados e o ex-presidente Jair Bolsonaro não devem comparecer às manifestações marcadas para hoje
RESUMO DA NOTÍCIA
Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

As manifestações convocadas pela direita em ao menos 20 estados, previstas para acontecer neste domingo (3), devem ser impulsionadas pelas sanções do governo dos EUA ao Brasil, que foram concretizadas na quarta-feira (30).
Pouco mais de 35 cidades devem ser palco das manifestações, marcadas para horários diversos, entre 9h e 16h.
O ato está sendo convocado por lideranças políticas aliadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em apoio ao projeto que anistia os presos pelo 8 de janeiro, e, principalmente, ao ex-mandatário, que deve ser julgado em setembro no processo sobre tentativa de golpe de Estado.
Bolsonaro não deve ir a nenhum dos atos em virtude de medidas cautelares impostas pelo STF (Supremo Tribunal Federal).
Além disso, conforme apurou o R7, alguns dos principais governadores aliados do ex-presidente não devem ir à marcha.
Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) e Ronaldo Caiado (União-GO) não devem comparecer. Tarcísio vai realizar um procedimento cirúrgico na data.
Procurados pela reportagem, os governadores Romeu Zema (Novo-MG), Ratinho Jr (PSD-PR) e Cláudio Castro (PL-RJ) não retornaram até a publicação desta matéria. O espaço segue aberto.
A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, presidente do PL Mulher, vai participar da manifestação que ocorrerá em Belém (PA). Isso porque ela está realizando encontros do PL Mulher nos estados e, neste fim de semana, está no Pará.
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) chamou a população para um ato em Copacabana, no Rio de Janeiro. Outros aliados de Bolsonaro, como o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), também realizaram chamamentos nas redes sociais para as manifestações.
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Motivações
O processo no qual Bolsonaro tornou-se réu e as medidas cautelares impostas a ele foram chamados pelo presidente Donald Trump de “caça às bruxas”, em carta em que anunciou a tarifa de 50% a produtos brasileiros.
Na quarta-feira (30), Trump assinou uma norma executiva oficializando a medida, que passará a valer em 6 de agosto.
Outro foco das manifestações, que ocorrerão nas capitais do Brasil, será o impeachment do ministro do STF Alexandre de Moraes, relator do processo sobre a tentativa de golpe.
No último dia 18, o ministro determinou que Bolsonaro usasse tornozeleira eletrônica no âmbito do inquérito sobre obstrução de Justiça, no qual o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), um de seus filhos, é o principal investigado.
Nesta semana, Moraes entrou na mira do governo americano. Na quarta-feira, os EUA incluíram o ministro na lista de sancionados da Lei Magnitsky.
A medida é uma sanção econômica, que inclui o bloqueio de contas bancárias e de bens em solo norte-americano, além da proibição de entrada no país. É aplicada, em geral, a acusados de corrupção ou de graves violações de direitos humanos.
A oposição comemorou a sanção ao magistrado. “Primeiramente, Fora Moraes e Lula. Faltam 03 dias pro 03/08 em todo o Brasil”, escreveu o deputado federal Nikolas Ferreiras (PL-MG) nas redes sociais.
Desde março deste ano, Eduardo Bolsonaro está nos EUA articulando sanções a Moraes. Ele também comemorou a aplicação da Lei Magnitsky e chamou Alexandre de Moraes de “violador de direitos humanos”.
“Pela primeira vez, o arquiteto da censura, da repressão política e da perseguição judicial no Brasil enfrenta consequências concretas — passa agora a integrar a lista infame de violadores de direitos humanos sancionados pelo mundo", escreveu Eduardo.
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