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R7 Brasília

Secretaria de Educação do DF espera realizar novo concurso e entregar 18 creches em 2025

Unidades devem ser entregues no primeiro semestre do ano que vem; já concurso deve ter mais de 5 mil vagas

Brasília|Edis Henrique Peres, do R7, em Brasília

Hélvia pretende ter 100% das salas inclusivas até 2026 Edis Henrique Peres/R7 - 09.1

A Secretaria de Educação do Distrito Federal pretende realizar no ano que vem um novo concurso público para a pasta, com mais de cinco mil vagas disponíveis para profissionais da carreira da educação. Além disso, também está nos planos da Secretaria a entrega de 18 creches ainda no primeiro semestre de 2025.

As informações foram divulgadas em entrevista exclusiva ao R7 com a secretária de Educação, Hélvia Paranaguá.

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“Em 2025 teremos concurso para efetivo e também para contratos temporários. Então, temos dois novos concursos previstos”, detalhou. Para o ano que vem, a titular da pasta também prevê a renovação do parque tecnológico das escolas.

De acordo com ela, o Distrito Federal receberá em janeiro 8,8 mil novos computadores para a rede. Paranaguá diz que já houve locação dos aparelhos em outras gestões, mas essa seria a primeira compra nesse padrão.


“Agora estamos adquirindo para renovar tanto os laboratórios das escolas como as áreas administrativas, porque os nossos equipamentos estavam bem velhos. Ou seja, isso significa a renovação de todo o nosso parque tecnológico”, disse.

A secretária acrescentou que a pasta também está comprando chromebooks para escolas de ensino médio.


“São aqueles carrinhos que vem com chromebooks e o professor leva para a sala e distribui aos alunos, para eles fazerem o trabalho que precisam de pesquisa. Nem todas as escolas têm um laboratório, então, essa é uma alternativa muito boa”, argumentou.

Salas modulares e inclusão

A secretária adiantou outra novidade em relação às salas modulares, criadas para aumentar o número de vagas das escolas ao construir infraestrutura no próprio terreno da unidade de ensino.


Haverá salas modulares de serviços, com uma cozinha; um depósito de alimento com ar-condicionado, armazenamento dos itens; espaço de lavagem das verduras e legumes; e também uma sala de administrativo.

“Às vezes, a escola tem uma salinha pequena para comportar o administrativo e a gente vai conseguir expandir esses espaços, conforme a necessidade da unidade”, exemplificou.

A titular da Educação comentou sobre o aumento do número de crianças com deficiência na rede. Levantamento exclusivo feito pelo R7 via lei de acesso à informação mostrou que o número cresceu de 15,5 mil, em 2019, para 19,6 mil, este ano, considerando alunos com deficiência, Transtorno do Espectro Autista, Altas Habilidades e Superdotação.

“Quando chega uma criança com deficiência, a primeira ação é reduzir o número de estudantes da sala, para que o aluno tenha mais apoio e mais atenção. Até 2026, estamos prevendo que 100% das nossas salas sejam inclusivas”, analisou Paranaguá.

Atualmente, de acordo com ela, o DF tem escolas inteiras com várias turmas inclusivas. “Porque temos estudantes com déficit de atenção, hiperatividade, síndrome de Down e diversas outras demandas que precisam ser acolhidas pelo professor e por toda a escola”, argumentou.

A secretária explicou, inclusive, que muitos alunos da rede privada são atendidos em algum aspecto nas escolas públicas, como o caso de superdotados recebidos em salas de apoio.

A inclusão, no entanto, ultrapassa apenas as crianças com deficiência. Neste ano, a rede de ensino pública do DF e as escolas privadas conveniadas contaram com 1,7 mil estudantes estrangeiros, muitos deles venezuelanos.

“Atendemos em São Sebastião e no Paranoá os indígenas Warao, que vieram da Venezuela. Eles estão no Paranoá porque foram morar lá, devido à área rural, pois eles preferem habitar chácaras. Todos são transportados por nós para as unidades de ensino e temos professores de espanhol para fazer o acompanhamento com eles até a aprendizagem da língua portuguesa”, disse.

Os educadores sociais voluntários que atendem essas crianças são da própria comunidade Warao. Além disso, para os migrantes, no CIL (Centro Interescolar de Línguas) do Guará, a Secretaria de Educação oferece o curso português como língua de acolhimento.

Balanço de 2024

A secretária conta que, em relação à infraestrutura, a pasta contou com diversas entregas de escolas, salas modulares e Cepis (Centros de Ensino em Período Integral). “Temos vários com as obras finalizadas, aguardando apenas a Neoenergia fazer a ligação da energia”, detalhou.

“Outra entrega muito importante foi a nomeação de mais de 3,5 mil professores, uma parte no início do ano, e a outra em julho, e continuamos nomeando”, apontou.

Paranaguá também lembra da nomeação da carreira PPGE (Políticas Públicas e Gestão Educacional) e a ampliação das vagas de creches. “Fizemos uma limpeza muito forte no cadastro das creches, pois havia duplicidade de até três ou quatro pedidos para a mesma criança. Hoje, o cadastro é feito com base no CPF da criança para impedir isso”, explicou.

Sobre as creches, Hélvia explicou que, quando o governador Ibaneis Rocha assumiu a gestão, havia mais de 20 mil crianças esperando por uma vaga na creche. “Hoje, conseguimos reduzir esse número para cerca de 6 mil”, disse.

Em relação ao pedagógico, a secretária destacou que o DF ganhou o selo ouro de alfabetização.

“Esse é um programa que foi todo construído por professores da rede, chamado Alfaletrando, exatamente para trabalhar o programa que pactuamos com o MEC (Ministério da Educação) chamado Criança Alfabetizada, com objetivo da criança ser alfabetizada na idade certa”, explicou.

A secretária defende a importância do programa. “A criança bem alfabetizada e na idade certa tem sucesso garantido nos anos subsequentes. Ela vai aprender bem matemática, raciocínio lógico e as outras disciplinas. Também temos um programa em parceria com a Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) para atender crianças com defasagem de aprendizado”, pontuou.

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