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Secretária de Minas e Energia: 'Cenário ainda é de atenção'

Marisete Pereira conversou com senadores nesta quarta-feira.  Segundo ela, pauta foi assuntos de rotina do ministério

Brasília|Sarah Teófilo, do R7, em Brasília

Baixo nível da represa de Furnas (MG), principal reservatório
do sistema Sudeste/Centro-Oeste
Baixo nível da represa de Furnas (MG), principal reservatório do sistema Sudeste/Centro-Oeste Baixo nível da represa de Furnas (MG), principal reservatório do sistema Sudeste/Centro-Oeste

Secretária-executiva de Minas e Energia, Marisete Pereira afirmou nesta quinta-feira (18) que o cenário ainda é de atenção em relação à crise energética no país. Pereira pontuou que o período de chuvas começou mais cedo, mas ainda está só no começo, não sendo possível saber, ainda, como será a intensidade da hidrologia no país nos próximos meses.

"Nós estamos acompanhando. Vai depender muito de como virão as chuvas a partir de dezembro; o período úmido. (A chuva) antecipou, mas mesmo assim a gente ainda não tem o nível de segurança para dizer que estamos em um cenário de normalidade", afirmou ao R7, no Senado Federal. A secretária foi à Casa para, segundo ela, conversas de rotina com os senadores sobre assuntos do ministério. 

O Brasil vive um grave cenário de crise energética. Em junho, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque afirmou que a seca enfrentada pelo país era a pior da história e que a escassez de água que atingia as hidrelétricas era a maior dos últimos 91anos. No fim de agosto, ele fez outro pronunciamento dizendo que a situação havia se agravado, com o período de chuva no Sul pior do que era esperado.

Na ocasião, o ministro anunciou o aumento do preço da energia. "Com pouca água nos reservatórios das hidrelétricas, tivemos que aumentar, significativamente, a geração de energia nas nossas termelétricas e estamos importando energia de países vizinhos. Como todos os recursos mais baratos já estavam sendo utilizados, esta eletricidade adicional proveniente de geração termelétrica e de importação de energia custará mais caro", pontuou.

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Foi, então, implementada a bandeira da conta de luz, chamada de bandeira "Escassez Hídrica", representando um aumento de 6,78% na tarifa média. De lá pra cá, após chuvas no último mês, houve um alívio nos reservatórios das regiões mais atingidas, mas o cenário ainda é de preocupação, como pontuou a secretária Marisete Pereira.

De acordo com ela, as chuvas vieram um pouco mais cedo, mas ainda não se sabe como será o "período úmido", de mais chuvas. "A gente ainda está num momento de atenção. Ainda está acionando um determinado volume de usinas, mas está dentro daquilo que planejamos de medidas a gente tem conseguido encaminhar", frisou ao R7, e completou: "Ainda estamos num momento de observar, de atenção, em relação ao sistema."

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Comissão da Crise Hídrica

O Senado criou a Comissão da Crise Hidroenergética para apurar causas e efeitos da crise hidroenergética no país, com a ideia de avaliar as decisões do governo, entender como o país chegou no atual cenário e avaliar medidas legislativas para reduzir o risco de crises. Nesta quinta-feira, foi feita a leitura do plano de trabalho e foram aprovados dois requerimentos de informações que serão encaminhados ao ministro Bento Albuquerque.

O documento foi apresentado pelo relator da comissão, o senador José Aníbal (PSDB-SP), e prevê a realização de seis audiências públicas e três visitas técnicas à Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), à ANA (Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico) e ao ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico). Também estão programadas mais de 13 reuniões técnicas com órgãos e entidades do setor elétrico.

Presidente da comissão, o senador Jean Paul Prates (PT-RN) afirmou que é preciso garantir a "segurança energética e tarifas mais baixas para a população brasileira, dispondo de todos os recursos e ferramentas" que o país possui. As sugestões ao plano de trabalho serão recebidas até o dia 22 de novembro e o plano será votado na próxima reunião do colegiado, prevista para o dia 25 deste mês.

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