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R7 Brasília

Secretaria de Saúde vai ativar na próxima semana as primeiras residências terapêuticas do DF

Ação pretende liberar leitos de pacientes que estão internados há mais de dois anos em hospitais públicos

Brasília|Do R7, em Brasília


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Atendimento nas unidades começa na próxima semana Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde-DF - 10.07.

A Secretaria de Saúde vai ativar na próxima semana as primeiras residências terapêuticas do Distrito Federal. A medida pretende liberar leitos dos hospitais públicos de pessoas internadas há dois anos ou mais nas unidades. Segundo a pasta, a medida representa um marco para a rede de saúde e vai garantir autonomia para os pacientes. Inicialmente, serão disponibilizadas dez vagas para homens e dez para mulheres.

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Segundo a secretária de Saúde, Lucilene Florêncio, a ação se alinha às legislações de saúde mental e de direitos humanos. “Estamos promovendo a alta médica e a manutenção do acompanhamento clínico para desinstitucionalização e reabilitação psicossocial, com ganho de qualidade de vida para esses pacientes”, disse. A pasta já abriu edital para contratação de outras residências, com meta para oferecer cem vagas.

A diretora de Serviços de Saúde Mental da SES-DF, Fernanda Falcomer, explica que os futuros residentes são pessoas com mais de 18 anos, portadores de transtornos mentais graves e persistentes, sem moradia, nem suporte familiar, financeiro ou social necessários para proporcionar outras formas de reinserção social.

“As residências terapêuticas são uma das principais estratégias que a rede psicossocial tem para promover a desinstitucionalização. Ao mesmo tempo, o projeto terapêutico de cada morador vai contemplar todas as áreas da vida, mantendo o tratamento e estimulando o protagonismo e as potencialidades do cidadão”, detalha.


Como é a residência

Uma residência terapêutica é como uma casa tradicional e tem três quartos, três banheiros, sala, cozinha, jardim, quintal e até uma churrasqueira. O propósito é viabilizar aos pacientes uma rotina o mais próxima possível da tradicional.

Cada morador vai manter seu atendimento regular em um CAPS (Centro de Atenção Psicossocial), além de contar com as demais unidades de saúde. Eles também terão uma equipe de apoio 24 horas, com enfermeiro, técnico de enfermagem, cuidador, cozinheiro e profissional de serviços gerais.


A governadora em exercício, Celina Leão (PP), disse que a medida é um “divisor de águas”. Em agenda oficial nesta quarta-feira (10), ela comentou que há histórias diversas de pessoas que serão acolhidas.

“Fiquei sabendo do caso de uma mulher que a família a abandonou. Quando ela recebeu alta, sem ter para onde ir, ela ficou na porta do hospital, até ser internada de novo, porque a única referência que ela tinha era o hospital”, contou.


Mais CAPS

Além da contratação de residências terapêuticas, a Secretaria de Saúde planeja a implantação de mais cinco CAPS até o início de 2026. Dois serão destinados ao público infantojuvenil, no Recanto das Emas e em Ceilândia, e outros dois ao tratamento em tempo integral de distúrbios causados pelo abuso de álcool e outras drogas, no Guará e em Taguatinga.

A quinta unidade do CAPS deve ser implementada no Gama, com atendimentos previstos para se iniciarem já em 2025, com funcionamento 24 horas.

O serviço de saúde mental também tem como porta de entrada a rede de 176 UBSs (Unidades Básicas de Saúde).

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