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Sem citar Trump nem Bolsonaro, Lula critica colocar interesses pessoais à frente dos coletivos

Petista participa de encontro no Chile para discutir defesa da democracia e cooperação internacional

Brasília|Ana Isabel Mansur, do R7, em Brasília

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Lula está no Chile, em encontro organizado pelo presidente Gabriel Boric Ricardo Stuckert/PR - 21.07.2025

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou nesta segunda-feira (21) os líderes que priorizam os próprios interesses em detrimento do coletivo e da pátria. A fala foi feita em Santiago, capital do Chile, em referência ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

O petista, no entanto, não citou nenhum dos dois. Lula participa, no Chile, de um evento em defesa da democracia e da cooperação internacional, organizado pelo presidente do país, Gabriel Boric.


“Sem um novo modelo de desenvolvimento, a democracia seguirá ameaçada por aqueles que colocam seus interesses econômicos acima dos da sociedade e da pátria”, declarou, em discurso lido.

RESUMO DA NOTÍCIA

  • Lula critica líderes que priorizam interesses pessoais em evento no Chile.
  • Defende a participação ativa da sociedade na defesa da democracia.
  • Conversou sobre fortalecimento das instituições democráticas e combate à desinformação.
  • Encontro reuniu presidentes de países da esquerda latino-americana para debater cooperação internacional.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Intitulado “Democracia Sempre”, o fórum reúne também os presidentes do Uruguai, Yamandú Orsi; da Espanha, Pedro Sánchez; e da Colômbia, Gustavo Petro. Além de alinhados ideologicamente, os líderes de esquerda são aliados políticos.


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Lula defendeu, ainda, ampla participação no debate. “Nesse momento em que o extremismo tenta reeditar praticas intervencionistas, precisamos atuar juntos. A defesa da democracia não cabe somente aos governos. Requer participação ativa da academia, dos Parlamentos, da sociedade civil, da mídia e do setor privado”, declarou.

No evento, os presidentes também discutiram o combate às informações falsas e a regulação das redes sociais.


“A democracia liberal não foi capaz de responder aos anseios e necessidades contemporâneas. Cumprir o ritual eleitoral a cada quatro ou cinco anos não é mais suficiente. O sistema político e os partidos caíram no descrédito”, destacou.

“Por essa razão”, continuou Lula, “conversamos sobre o fortalecimento das instituições democráticas e do multilateralismo, em face dos sucessivos ataques que vêm sofrendo. Concordamos sobre a necessidade de regulamentação das plataformas digitais e do combate à desinformação, para devolver ao Estado a capacidade de proteger seus cidadãos. A chave para um debate público, livre e plural é a transparência de dados e uma governança digital global”, defendeu.


Tarifaço de Trump

Em 9 de julho, Donald Trump anunciou que vai cobrar 50% de todos os itens do Brasil comprados pelos EUA a partir de 1º de agosto.

Segundo o republicano, a medida é uma resposta direta a supostos ataques do Brasil à liberdade de expressão de empresas norte-americanas e à forma como o país tem tratado Bolsonaro.

Além de inelegível até 2030, o ex-presidente é réu no STF (Supremo Tribunal Federal) por tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito.

Para o líder norte-americano, o julgamento e as investigações que envolvem o ex-presidente brasileiro configurariam uma “caça às bruxas” que deveria “terminar imediatamente”.

Operação contra Bolsonaro

Desde a última sexta-feira (18), Bolsonaro usa tornozeleira eletrônica e está com acesso proibido às redes sociais. As medidas foram decretadas pelo ministro do STF Alexandre de Moraes.

No mesmo dia, a Polícia Federal cumpriu dois mandados de busca e apreensão na casa do ex-presidente em Brasília.

Além de ser monitorado, Bolsonaro não pode sair de casa entre 19h e 7h de segunda a sexta-feira — e em nenhum horário aos fins de semana e feriados.

O ex-presidente também está proibido de sair do Distrito Federal e de conversar com o filho Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está nos Estados Unidos, licenciado do cargo de deputado federal.

Bolsonaro também não pode se aproximar de embaixadas e consulados, nem manter contato com embaixadores ou outras autoridades estrangeiras.

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