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Senado sinaliza que não vai esperar texto do governo sobre apostas e planeja discussão própria

Na avaliação dos líderes partidários, o Executivo está demorando para realizar o despacho, prometido para o início do ano 

Brasília|Bruna Lima, do R7, em Brasília

Senado quer discussão própria sobre regulamentação de apostas esportivas
Senado quer discussão própria sobre regulamentação de apostas esportivas Senado quer discussão própria sobre regulamentação de apostas esportivas

O Senado planeja começar a discussão para regular as apostas esportivas antes do envio de uma medida provisória por parte do governo federal sobre o tema. A avaliação de líderes partidários é a de que o Executivo está demorando para realizar o despacho, prometido para o início do ano. Um dos trechos da MP do governo prevê reduzir o lucro das empresas e destinar recursos aos cofres públicos.

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A ideia dos senadores é fazer um levantamento dos projetos sobre o tema que foram protocolados na Casa para poder trabalhar em cima de uma das propostas, que deve ser turbinada com emendas dos outros textos que ficarem para trás. 

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O foco está em encabeçar o Projeto de Lei 845/2023, de autoria dos senadores Jorge Kajuru (PSB-GO) e Hamilton Mourão (Republicanos-RS). O texto regulamenta as apostas esportivas e prevê a cobrança de tributos e regras de publicidade das casas de apostas.

"A gente não vai mais aguardar a medida provisória do governo porque o ministro Haddad [Fazenda] tinha prometido há mais de um mês que a apresentaria e tinha me escolhido como relator. Mas como está demorando, essa Casa vai se antecipar a esse assunto, que hoje é um escândalo nacional", indicou Kajuru. 

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Senador Efraim Filho, que discute projeto dos jogos
Senador Efraim Filho, que discute projeto dos jogos Senador Efraim Filho, que discute projeto dos jogos

O líder do União, senador Efraim Filho (PB), considerou que o tema ganha foco no debate do país e que há demora para o envio da MP, esperada desde o início do ano. "Haddad, quando esteve aqui para tratar de arcabouço fiscal, já dizia que na semana seguinte essa matéria viria e que, inclusive, seria uma das fontes de receita para justificar a metodologia do arcabouço. Até agora não chegou, e o Senado começa a ficar insatisfeito", disse. 

Leia mais: Haddad espera que Congresso vote novas regras fiscais até o fim de junho

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Apesar da articulação para emplacar a discussão sobre as apostas, há divergência entre os parlamentares sobre alguns pontos, sobretudo no que se refere à publicidade. Os mais radicais querem proibir a divulgação das casas, enquanto há uma ala que sustenta a necessidade de criar regras publicitárias para não estimular o vício em apostas. 

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ao lado da ministra do Planejamento, Simone Tebet
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ao lado da ministra do Planejamento, Simone Tebet O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ao lado da ministra do Planejamento, Simone Tebet

O movimento do Senado ocorre logo após o Ministério da Fazenda mandar uma proposta de MP sobre o tema para análise da Casa Civil. O texto prevê que as empresas tenham que pagar licença e arrecadem menos. As casas também teriam obrigação de fornecer informações técnicas, econômico-financeiras, contábeis ao governo e documentos que comprovem a regularidade dos negócios. 

Apostas

A Polícia Federal vai abrir um inquérito sobre a chamada Máfia das Apostas e um grupo suspeito de manipular jogos das séries A e B do Campeonato Brasileiro e de torneios estaduais, entre 2022 e 2023. A decisão foi tomada após determinação do ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, nessa quarta-feira (10).

"Diante de indícios de manipulação de resultados em competições esportivas, com repercussão interestadual e até internacional, estou determinando hoje que seja instaurado Inquérito na Polícia Federal para as investigações legalmente cabíveis", escreveu Dino em uma rede social.

A suspeita é que o grupo tenha atuado em ao menos 13 jogos, das séries A e B do Brasileirão de 2022 e dos campeonatos Paulista e Gaúcho de 2023. Os jogadores envolvidos poderiam receber até R$ 100 mil. Especialistas consultados pelo R7 dizem que os atletas envolvidos podem pegar de dois a seis anos de prisão e ser banidos do futebol.

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Nessa terça-feira (9), a Justiça de Goiás aceitou a denúncia e tornou rés 16 pessoas envolvidas no esquema. Ao todo, são sete jogadores e nove apostadores. A denúncia foi enviada pelo Ministério Público de Goiás (MPGO) ao Tribunal de Justiça de Goiás. A Confederação Brasilera de Futebol (CBF), contudo, não vai suspender o Brasileirão.

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