Servidor da Receita do DF é investigado por suspeita de cancelar dívidas de empresas
Denúncia aponta que membro do alto escalão do órgão cancelou R$ 13 milhões em certidões de dívida ativa por pedido dos devedores
Brasília|Giovana Cardoso, do R7, em Brasília
Um servidor do alto escalão da Surec (Subsecretária da Receita do Distrito Federal) foi alvo de uma operação da Polícia Civil nesta quarta-feira (17) por suspeita de cancelar duas certidões de dívida ativa, no valor total de R$ 13 milhões, por solicitação de uma empresa. Segundo as investigações, o cancelamento não tinha embasamento quando comparado a situações parecidas.
“O cancelamento foi realizado de forma célere e diversa do que vinha sendo decidido para situações idênticas, ferindo o princípio da isonomia e trazendo vantagem indevida ao contribuinte”, apontou a Polícia Civil.
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Os policiais cumpriram três mandados de busca e apreensão na casa do investigado, na sede da Surec e em outro setor da Secretaria de Economia. A polícia informou que a operação teve por objetivo consolidar a investigação e identificar o possível envolvimento de outras pessoas.
A Justiça determinou a suspensão do exercício da função pública do servidor investigado e também a proibição de seu acesso às dependências da Surec e da Secretaria de Economia. O servidor é investigado pelos crimes de corrupção passiva e ativa e crime funcional contra a ordem tributária. Se condenado, poderá pegar até 20 anos de prisão.
A Secretaria Executiva de Fazenda informou que tomou conhecimento da operação e que “já se colocou à disposição dos investigadores para o que for necessário”.
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A Polícia Civil do Distrito Federal deflagrou na manhã da última sexta-feira (12) uma operação que prendeu um homem suspeito de integrar um grupo de hackers que invadia sistemas governamentais e montava banco de dados com credenciais obtidas ilegalmente. Outros mandados de prisão foram cumpridos em Feira de Santana (BA), Penalva (MA) e Fortaleza (CE). Duas pessoas foram presas, sendo uma delas um dos principais hackers do Brasil, segundo a polícia.