Servidor do Detran DF é alvo de operação que investiga transferência ilegal de veículos
Funcionário é suspeito de atuar indevidamente como despachante para agências de revenda de veículos e lucrar com serviço
Brasília|Giovana Cardoso, do R7, em Brasília
A Polícia Civil do Distrito Federal realizou nesta sexta-feira (1°) uma operação para cumprir um mandado de busca e apreensão contra um servidor do Detran suspeito de atuar ilegalmente como despachante para agências de revenda de veículos. As investigações apontam que o funcionário realizou transferências de veículos a pedido das empresas, sem considerar os trâmites legais, em troca de dinheiro.
O servidor atuava em um setor responsável pela execução de processos relacionados a veículos. Ele é suspeito de agilizar as transferências indevidamente para as agências. De acordo com a polícia, as investigações tiveram início após uma denúncia do próprio órgão, que afastou o funcionário.
A operação teve por objetivo “arrecadar maiores elementos de prova hábeis a reforçar os indícios já presentes no inquérito policial e direcionar à continuidade das investigações, além de observar o possível envolvimento de outras pessoas, incluindo servidores”, informou a Polícia Civil.
O Departamento de Trânsito informou que a corregedoria do órgão está com processo em andamento e todas as decisões administrativas estão sendo tomadas. "O Detran-DF está à disposição para colaborar com as investigação, já que o processo está correndo na esfera criminal. Os procedimentos realizados pelo servidor serão revistos e os que forem constatadas quaisquer irregularidades serão desfeitos."
O suspeito é investigado pelo crime de corrupção passiva e associação criminosa. Se condenado, ele poderá pegar até 15 anos de prisão.
Outras investigações
Em dezembro, servidores do Detran foram alvos de uma operação que investigava um esquema criminoso para aprovar veículos com irregularidades nas vistorias, em troca de propina.
O grupo criminoso também é suspeito de utilizar "laranjas" no quadro de sócios da empresa para burlar o credenciamento de empresas privadas no ramo do serviço de identificação veicular. Com os falsos sócios, eles evitavam a concentração de diferentes etapas de legalização de um veículo nas mãos de um único responsável e aparentavam uma falsa legalidade (leia mais aqui).