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Setor produtivo lança movimento global para participação empresarial na COP30

Grupo pretende consolidar um espaço de representatividade empresarial semelhante ao que já ocorre no G20 e no BRICS

Brasília|Do R7, em Brasília

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Setor produtivo lança movimento global para participação empresarial na COP30
Participação empresarial na COP30 Divulgação/Roni Moreira/Ag Pará - Arquivo

A CNI (Confederação Nacional da Indústria) lidera a criação da SB COP (Sustainable Business COP30), iniciativa que reunirá instituições e empresas brasileiras e internacionais para organizar e fortalecer a participação do setor produtivo nas negociações climáticas. O lançamento ocorre durante o debate global sobre sustentabilidade, com a COP30 programada para novembro de 2025, em Belém (PA).

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O objetivo da SB COP é mobilizar o setor privado para contribuir com recomendações estratégicas voltadas ao desenvolvimento sustentável e à redução das emissões de gases de efeito estufa. O grupo pretende consolida um espaço de representatividade empresarial semelhante ao que já ocorre no G20 e no BRICS, garantindo que empresas e indústrias tenham um papel ativo na formulação de políticas climáticas globais.


O presidente da CNI, Ricardo Alban, destacou a importância da iniciativa para transformar os compromissos das COPs em ações concretas. “O enfrentamento das mudanças climáticas só será efetivo com a participação do setor produtivo, que é responsável pela implementação das metas e compromissos firmados. O lançamento da SB COP reforça esse protagonismo e mostra que o empresariado está comprometido com um futuro sustentável”, afirmou.

Metas da SB COP

  • Apresentar recomendações estratégicas para os líderes governamentais na COP30;
  • Formalizar compromissos do setor privado para redução das emissões de GEE;
  • Desenvolver iniciativas práticas que impulsionem a transição para uma economia mais sustentável.

Estrutura da SB COP e modelo inspirado no B20

A SB COP foi inspirada no B20, braço empresarial do G20, que teve o Brasil na presidência em 2024. A iniciativa ganhou força após a COP29, realizada no Azerbaijão, onde ficou evidente a necessidade de um fórum estruturado para representar os interesses do setor produtivo nas negociações climáticas.


A SB COP será organizada em seis grupos temáticos estratégicos, conduzidos por especialistas e empresários:

  • Transição energética;
  • Economia circular e materiais;
  • Bioeconomia;
  • Transição justa;
  • Financiamento climático;
  • Segurança alimentar.

O ex-CEO da Raízen e Cosan, Ricardo Mussa, assumirá a liderança da SB COP no Brasil, coordenando os esforços para engajar o setor privado no debate climático global.


Cada um dos grupos temáticos terá a missão de formular até três recomendações prioritárias, permitindo que as ações sejam focadas, mensuráveis e eficazes.

Lançamento de carta

Durante o lançamento da SB COP, o embaixador André Corrêa do Lago, secretário de Clima, Energia e Meio Ambiente do Itamaraty e presidente da COP30, fez um apelo por um “mutirão global” para combater as mudanças climáticas.


“A presidência da COP30 convida a comunidade internacional a se juntar ao Brasil em um mutirão global contra a mudança do clima, um esforço coletivo entre os povos para garantir o progresso da humanidade”, declarou Lago.

A carta lançada pelo embaixador enfatiza a necessidade de colaboração global para ampliar a conscientização climática e fortalecer o compromisso político em torno das Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs), metas assumidas pelos países para reduzir emissões e mitigar os impactos do aquecimento global.

“Estamos trabalhando em estreita colaboração com o secretário-geral da ONU, António Guterres, para garantir a integridade da informação sobre mudanças climáticas e fomentar a mobilização pública”, destacou Lago.

Uma das principais propostas da carta é a criação de um “círculo de presidências”, reunindo todas as lideranças das COPs passadas, da COP21 à COP29, para consolidar um legado sustentável e reforçar o compromisso com a governança climática global.

“O círculo de presidências ajudará a garantir que a COP30 sintetize os avanços das edições anteriores e, ao mesmo tempo, projete um futuro mais sustentável para a agenda climática internacional”, concluiu Lago.

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